Sociedade/Ativista de direitos humanos Afro-americano Siphiwe Baleka diz acreditar na “reparação de danos da escravatura”
Bissau, 10 Nov 23(ANG) – O ativista
Afro-americano de descendência guineense,Siphiwe Baleka disse esta,
sexta-feira,em Bissau, que a reparação de danos da escravatura vai ser uma
realidade.
Baleka que falava numa conferência de imprensa
vai representar a Guiné-Bissau numa Conferência
sobre a “Reparação de danos da
Escravatura” e Retorno dos Descentes dos Escravos, promovida pela União
Africana, em Acra, no Gana, nos dias 14 à 17 do corrente.
Diz que é o único representante dos afro-americanos a
participar neste evento das primeiras vítimas e que, eventualmente, estará
entre os primeiros beneficiários de
qualquer reparação.
Siphiwe Baleka que preside a
Associação de História e Genealogia de Balanta nos Estados Unidos de América é
líder do Conselho de Reparação para a Guiné-Bissau,e fundador da “Década de
Retorno 2021-2031”.
Disse que a conferência de
Acra visa a elaboração de uma Estratégia legal sobre a reparação aos
africanos de danos da escravatura e criação de um Comité, além de lançamento da angariação de
fundos.
Ao nível da
Guiné-Bissau, o ativista disse que a sua
luta será para a alteração da Lei da
Cidadania, para que os descendentes
afro-americanos sejam oficialmente integrados socialmente e reconhecidos por
lei como guineenses. Para o efeito diz que vai entregar uma cópia das suas
propostas aos deputados da nação e ao presidente da Assembleia Nacional
Popular.
Apelou os Estados africanos
a pedirem compensação e a responsabilizarem os governos Europeus pelos danos
causados pela escravatura, porque os escravos levados para América foram
considerados prisioneiros de guerra, citando
a convenção de Genebra.
Baleka pede ao governo guineense para reconhecer o retorno
dos seus descentes e aprovar em Conselho de Ministros a atribuição de cidadania
aos 23 retornados que já estão no país.
Afirmou que já ajudou cinco
grupo de afro-americanos descentes da Guiné-Bissau , desde Balanta, fula,
mandinga, Mancanha, Manjaca, Felupes e outros nos EUA.e diz desejar que o projeto “ Década de Retorno” una a geração que outrora foi separa pela
escravatura.
A conferência de Acra deverá juntar altos dirigentes africanos, primeira-ministra
de Ilha de Bárbados, vice-presidente da Colômbia, professores, advogados e
ativistas dos direitos humanos.ANG/JD//SG
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