Angola/Celebrações de 50 anos de independência com festa, orgulho e esperança
Bissau, 11 Nov 25 (ANG) - Luanda veste-se hoje de vermelho e amarelo para celebrar os 50 anos da independência de Angola, num ambiente de festa, otimismo e esperança para enfrentar o futuro, apesar dos muitos desafios que o país ainda tem por ultrapassar.
Omarco histórico assinala-se oficialmente
no Memorial António Agostinho Neto, entre música, desfiles e homenagens ao
primeiro Presidente de Angola, bem como uma mensagem à nação do chefe de
Estado, João Lourenço.
As celebrações começaram logo nas primeiras horas do
dia, à medida que milhares de convidados chegavam e se distribuíam pelas
diferentes áreas da Praça da República, espaço monumental que acolhe o Memorial
e tem sido palco das mais importantes cerimónias políticas do Estado angolano.
O monumento,
inaugurado em 2012 pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, é conhecido
popularmente como o "Foguetão" e ergue-se a 120 metros de altura, com
vista privilegiada para a Baía de Luanda.
Por ali
desfilarão representantes das 18 províncias do país, num desfile cívico e
militar com milhares de participantes, sob o olhar atento dos 14
chefes de Estado e de Governo que acompanharão as festividades desde
as bancadas oficiais.
Entre os
jornalistas que acompanham o evento, Isabel Pedro Mbuku, da Rádio Tocoista,
confessou-se emocionada por participar "como profissional, mas também como
angolana".
"É uma
oportunidade única participar nesta festa", disse à Lusa, notando
que há pontos que falta aprimorar, mas lembrando também os anos de
guerra que o país atravessou
"imbuída
de esperança", Isabel Pedro referiu acreditar no Presidente e no país,
declarando com fé: "De agora em diante, iremos certamente progredir em
todos os setores, em especial na economia, auguramos que nestes 50 anos
possamos sonhar e somar, e que nos próximos 50 anos possamos dizer [que]
até aqui o Senhor nos ajudou", acrescentou a jornalista.
Também Karina
Marron González, repórter da agência cubana Prensa Latina, residente em Angola
há mais de dois anos, partilhou o entusiasmo.
"É uma
oportunidade histórica enquanto jornalista, mas também como cubana, pelas
relações históricas entre Cuba e Angola e pela participação cubana no processo
de independência. É uma oportunidade única de colaborar e ver o que está a
fazer o país para continuar adiante", disse.
Carina González
lembrou, contudo, que "o país tem pela frente muitos desafios".
"A independência tem 50 anos, mas a paz ainda é jovem. Os desafios estão
na economia, na educação e na saúde. Mas penso que Angola tem a força para
seguir em frente", concluiu.
As duas integram o
grupo de mais de 300 jornalistas que hoje asseguram a cobertura da cerimónia,
fazendo parte das 10.000 pessoas convidadas para o evento, representativas de
vários setores da sociedade.
O Presidente da
Republica chegou à Praça da Republica às 09:00 (08:00 em Lisboa) marcando o
inicio do ato central.
Segue-se uma
cerimonia de deposição de flores, entoação do hino nacional, outorga da medalha
comemorativa dos 50 anos a Antonio Agostinho Neto, o discurso do chefe de
Estado, o desfile cívico e o desfile militar.ANG/RFI
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