terça-feira, 11 de novembro de 2025

França/Justiça defere recurso de Nicolas Sarkozy e liberta antigo presidente francês

Bissau, 11 Nov 25 (ANG) - O antigo chefe de Estado francês vai aguardar em liberdade pelo fim dos recursos relativamente ao processo de financiamento oculto da campanha presidencial de 2007 com dinheiro líbio.

Condenado a 5 anos de prisão em primeira instância, os magistrados tinham pronunciado a encarceração imediata. O recurso de segunda-feira era relativo a esta decisão.

Foram 20 dias de prisão que deixaram marcas em Nicolas Sarkozy. O primeiro chefe de Estado Francês a ser conduzido a uma cela penitenciária assistiu à distância à audiência que ditou a sua libertação, pelo menos por agora.

Sarkozy foi condenado a cinco anos de prisão no dia 25 de Setembro por associação criminosa. Para o tribunal de primeira instância de Paris, o antigo presidente permitiu, conscientemente, que dois dos seus colaboradores mais chegados pedissem dinheiro ao antigo ditador líbio Muamar Kadhafi, para financiar de forma oculta a campanha presidencial de 2007 que acabaria por o levar ao poder.

Os magistrados causaram uma surpresa enorme no dia 25 ao pronunciar a execução imediata da pena. Os advogados do condenado apresentaram um recurso desta decisão, que foi analisado esta manhã.

Na declaração ao tribunal proferida por intermédio de videoconferência, o antigo chefe de Estado Francês, afirmou que estar na prisão "é bastante duro" e elogiou os guardas prisionais.

Os advogados de defesa alegaram que Nicolas Sarkozy corria perigo na penitenciária. O também antigo ministro do Interior foi insultado e ameaçado à chegada à prisão de La Santé, em Paris. Por razões de segurança, foi colocado em isolamento e sob protecção policial, com dois guarda-costas em permanência na cela vizinha.

O ministério público também pediu a libertação do ex-presidente francês.

A partir de hoje Sarkozy pode aguardar o julgamento do recurso sobre o processo de financiamento ilícito da campanha eleitoral em liberdade, embora sob controlo judiciário, nomeadamente a proibição de falar com o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, para evitar qualquer tipo de pressão.

O antigo presidente da república francesa reafirma a sua inocência neste caso.ANG/RFI

 

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