Liceus de Bissau funcionam a “meia gás” por falta de comparencia de professores e alunos às aulas
Bissau, ANG – A falta de comparência de professores e alunos nas salas de aulas nos três maiores liceus do país estão a constringir o funcionamento em pleno das aulas, pelo menos, nas três primeiras semanas após abertura do ano lectivo 2011/12.
A ANG teve conhecimento desta realidade nos liceus Kwame Nkrumah, Agostinho Neto e Rui Barcelos Cunha junto dos seus respectivos Directores.
Para Sene Djau, Director do Liceu Agostinho Neto, minimizou os problemas que o estabelecimento enfrenta e sublinhou terem já publicado a lista nominal dos alunos, os horários dos professores e os livros de pontos.
“Tecnicamente, estamos preparados para funcionamento em pleno do novo ano lectivo. Hoje, encontramo-nos na terceira semana desde a abertura das aulas e tudo está alinhada para atacarmos o primeiro período”, prometeu Sene Djau.
Aquele responsável explicou que em relação ao ano transacto, esta época o número de alunos aumentou, tendo informado a título de exemplo que, se no ano passado havia dez turmas do nível de 12º ano, agora o número disparou para 12, enquanto o número de alunos passou de 35 para 50 em cada sala de aulas.
Perguntado sobre se a instituição que dirige possui corpo docente a altura para leccionar o nível de 12º ano, Sene Djau, respondeu que confrontam com falta de professores neste domínio, no entanto, explicou que recorrem as pessoas recém-licenciadas nas universidades e faculdade de direito de Bissau.
Apelou aos alunos e, principalmente, pais e encarregados de educação, para que deixem os alunos irem à escola.
“Essa situação está a provocar-nos enormes transtornos porque existem alunos que só frequentam somente dois tempos e muitos ficam fora das salas de aulas”, vincou Sene Djau referindo-se mais uma vez a questão de falta de professores com que depara o “seu” liceu.
Para o seu colega do Liceu “Rui Barcelos Cunha”, Mário Benante as primeiras semanas de aulas foram fracas em termos de afluência de alunos e professores, tanto assim que a Direcção da escola lançou apelo nos órgãos de comunicação social para que os pais e encarregados da educação obrigassem os filhos a irem a escola.
Por coincidência ou não, parece que o facto surtiu efeito, pois segundo aquele responsável, a partir desta terceira semana, as aulas já estão a decorrer num ritmo normal.
“As aulas já estão a funcionar normalmente. Os professores têm seus salários em dia e para tal não existe nenhuma situação anómala”, esclareceu o Director do Liceu Rui Barcelo Cunha.
Tal como Agostinho Neto, o liceu Rui Barcelo Cunha também se vê confrontado com o problema de falta de professores, pois os professores que ali leccionaram no ano passado ainda não foram efectivados pelo Ministério da Educação, para que assim fossem facultados respectivos horários.
Finalmente, o Director do Liceu Nacional Kwame Nkrumah revelou a ANG que na primeira semana das aulas, houve falta de comparência dos alunos, que só começaram a aparecer já na segunda semana.
A verdade é que temos poucos alunos matriculados no período em causa”, esclareceu apontando a física, matemática e educação visual como disciplinas em que necessitam de professores.
Apelou aos alunos do 9º à 12º ano para comparecerem nas salas de aulas porque se não, e tal como no ano passado. “Quem semeia vento, colhe tempestade”, avisou, sublinhando que, o aluno que não estudar chega o fim do ano e chumba.
“Estou apelar aos pais e encarregados de educação para, os alunos que ainda não começaram a frequentar as aulas que o façam o mais brevemente possível, caso contrário serão anulados matrículas por excesso das faltas”, avisou José Júlio César.
O ano lectivo 2011/12 foi oficialmente aberto no passado dia 30 de Setembro na localidade de Quebo, sul do país e as aulas iniciaram no dia 3 de Outubro.
ANG/ÂC/JAM
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