Presidenciais antecipadas: “Grandes” defendem respeito a constituição
Bissau, ANG – Os partidos políticos com assento parlamentar foram unânimes em apelar para o respeito escrupuloso da Constituição da República, no concernente a organização de eleição presidencial antecipada, em decorrência da morte do Presidente da República, Malam Bacai Sanha
Os chamados “grandes”, nomeadamente o PAIGC, o PRS, o PRID, a AD e o PND expressaram suas posições a saída de audiências separadas que lhes concedeu o Presidente da República interino, cujo tema foi a questão da marcação da data do próximo escrutínio.
A delegação dos “libertadores” encabeçada pelo seu 1º vice-presidente, Manuel Saturnino Costa foi peremptória: “ Somos respeitadores da Constituição da República que escrevemos desde Boé a eleição deve ocorrer na data prevista pela constituição, ou seja, dentro de 60 dias”.
Quanto a mobilização de recursos financeiros necessários para tal operação, Manuel Saturnino da Costa exortou a cada guineense que contribui com “um pouco de si”.
Por seu lado, dirigidos neste encontro pelo seu presidente em exercício, os “renovadores” pediram tempo para se posicionarem, depois da reunião dos órgãos competentes do partido.
Disse que discutiram com o PR a questão da marcação da data da próxima eleição presidencial, que o chefe de Estado, segundo revelações de Ibrahima Sory Djaló, defende que tenha lugar dentro de dois meses.
No entanto, Sory Djaló defendeu a observância do estatuído na Carta Magna do país, ou seja, que a data da escolha do sucessor do extinto presidente, Bacai Sanha, não ultrapasse os 2 meses previstos pela Lei.
“Se houver vontade politica, acreditamos que o escrutínio poderá ocorrer na data estipulada pela constituição”, estimou por seu lado Abdú Mané, em representação dos “Republicanos”, tendo acrescentado que a sua formação desconfia se na verdade vai haver a tal determinação.
O Líder da coligação da Aliança Democrática (AD), advertiu em tom fatalista de que se o Presidente da República Interino não respeitar a lei neste particular e, ainda, se o governo continuar a “praticar ilegalidades, haverá “golpe de estado na Guiné-Bissau”.
Victor Mandinga defendeu o respeito “escrupuloso” da lei magna neste assunto, e assegurou que se houver vontade do governo na criação de condições financeiras e meios técnicos necessários, aliada a assistência da Comunidade internacional a Comissão Nacional de Eleições (CNE), então será possível levar a cabo o processo eleitoral que se pretende.
Finalmente, o presidente do Partido Nova Democracia (PND) sublinhou que deve encontrar “um largo consenso” entre os actores políticos, na possibilidade de dilatação da data do escrutínio, tendo em conta as limitações do país.
Entretanto, a CNE já indicou a verba de 2 biliões de Francos Cfa como montante necessário para levar a cabo as presidenciais antecipadas, tendo indicado que será necessário a realização de recenseamento eleitoral para tal.
ANG/JAM
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