“África
precisa de quase cinco biliões de dólares para desenvolver
agricultura”, diz o BM
Bissau, 25 Jul 13 (ANG) - O Banco Mundial
anunciou esta semana que “custariam aos países africanos e aos seus parceiros
de desenvolvimento, incluindo o sector privado”, 4,5 mil milhões de dólares as reformas
políticas e o desenvolvimento da agricultura do continente negro, durante dez
anos.
A informação consta no último relatório desta
instituição financeira internacional sobre o sector, intitulado “Como África pode Transformar a Posse da
Terra, Revolucionar a Agricultura e Acabar com a Pobreza”, refere um comunicado
do Ministério das Finanças enviado a redacção da ANG.
Segundo o comunicado, o BM indica que a parte
subsariana do continente detém “quase metade de toda a terra arável, mas até
agora o continente não conseguiu “desenvolver estas expansões incultas”
estimadas em mais de 202 milhões de hectares, de forma a reduzir
“drasticamente” a pobreza e promover o crescimento económico, o emprego e uma
prosperidade partilhada.
Para alterar este estado de atraso da
agricultura africana comparativamente a outros continentes, o relatório
recomenda, entre outras, a mobilização da vontade política dos governos
africanos em torno das reformas no sector e promoção de estratégias de políticas
financeiras que atraem a comunidade internacional e a realização de cadastros
das terras comunitárias férteis pertencentes aos privados.
O relatório ainda sugere aos líderes
africanos a resolução dos problemas de “fraca governação e corrupção” que considera
“endémicas” no sistema de gestão de terras em países do continente e que,
segundo o BM prejudicam os interesses dos particulares.
Apesar deste diagnóstico geral negativo sobre
a agricultura africana, o BM conclui que 90% dos terrenos rurais estão
indocumentados e vulneráveis a usurpação e expropriação.
A título excepcional, destaca o que considera
“experiências piloto encorajadoras” nos países como o Gana, Malawi, Moçambique
e Tanzânia.
FIM/QC
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