Bissau, 30 Jan (ANG) – O analista político guineense,
João de Barros admitiu hoje que o Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC) corre o risco de sair fragilizado do congresso, se não
houver alianças, divido à fortes divergências que existem no seu seio.
Em declarações à ANG, João
de Barros disse que apesar dessa possibilidade é difícil perspectivar o
resultado deste VIII congresso do PAIGC, previsto para iniciar esta tarde, em
Cacheu, no Norte da Guiné-Bissau.
“A crise no seio dos libertadores veio do
congresso de Gabú e arrastou-se até hoje. Naquela reunião havia cinco
concorrentes e no fim ficou dois, e Carlos Gomes Júnior ganhou com muita
dificuldade”, explicou o analista político.
Por outro lado, e em relação a escolha pelo
Partido da Renovação Social (PRS) do empresário Abel Incada para candidato do
partido ao cargo de Presidente da República, João de Barros afirmou que aquela
formação política tem vindo a mover-se sob fortes divergências.
O analista político referiu
que, em pouco tempo, o PRS sofreu três ropturas graves: a primeira- Kumba Yalá não só deixou o partido, assim como decidiu
apoiar ao Nuno Na Biam; e que a segunda tem a ver com a votação em Abel Incada,
a terceira: Ibraima Sori Djaló, actual presidente do parlamento rejeita apoiar Incada
alegando que a escolha foi feita na base do tribalismo.
“Com estas divergências, o
PRS corre o risco de não chegar ao poder e tem fortes possibilidades de se
extinguir. E mais: ainda não escolheu o candidato ao cargo de
primeiro-ministro”, afirmou.
ANG/LPG/ JD/SG
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