Domingos Simões Pereira nega que seu governo é contra
presença da CEDEAO no país
Bissau, 15 Mai. 14 (ANG) – O Presidente do
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e futuro
Primeiro-Ministro, afirmou que o seu partido nunca emitiu uma posição oficial negando
a presença da Missão Militar da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), no país.
Domingos Simões Pereira que falava terça-feira
em conferencia de imprensa, após a digressão que efectuou a alguns países da
sub-região, nomeadamente Senegal, Gâmbia, Burkina Faso e Costa de Marfim, disse
ter abordado o assunto com os respectivos chefes de Estado, aos quais deixou
garantias claras sobre a continuação da ECOMIB na Guiné-Bissau.
“Nos fizemos questão de esclarecer junto dos
chefes de Estado e das autoridades da CEDEAO, que o PAIGC nunca emitiu nenhuma
oposição oficial em relação a este assunto, mas sim tem valorizado o papel e o
trabalho que a ECOMIB tem vindo a desenvolver e ela ficará no país para
assegurar o período de transição após a formação do novo executivo”, esclareceu
o futuro Primeiro-Ministro guineense.
Domingos Simões Pereira deixou ainda uma
garantia aos chefes de Estado dos países que visitou, da vontade do PAIGC em contribuir
para a criação de um clima de paz e estabilidade ao nível sub-regional e um
ambiente interno de diálogo franco e aberto na Guiné-Bissau.
“Transmitimos uma ideia forte, sobre a
disponibilidade e o interesse do PAIGC, sendo o partido que irá formar ou
liderar o próximo Governo, em cooperar e reforçar os laços que unem a sua
região natural de integração que é a CEDEAO”, informou.
O Presidente do PAIGC disse que partilhou com
as autoridades dos países visitados a lógica e os princípios que irão orientar
o PAIGC na auscultação de toda a sociedade para a formação do próximo Governo.
«Logo após o dia 18 de Maio o
PAIGC vai convocar os seus órgãos, o Comité Central, o Bureau Político e a
Comissão Permanente, para começar a traçar as linhas mestras que irão permitir
executar as responsabilidades atribuídas ao partido nas eleições de 13 de
Abril», revelou Domingos
Adiantou que será na base de um diálogo
inclusivo, que devera permitir que seja um Governo com uma maioria
verdadeiramente absoluta ou mais do que isso e que represente aquilo que é
aspiração de todo o povo guineense.
ANG/ÂC
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