Ébola
“Não há evidência de que a doença vai acabar brevemente”, diz DG da OMS
Bissau,21 Ago 14 (ANG) - A Directora-geral
da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse quarta-feira que
não ha nenhuma evidência de que a epidemia de Ébola na África Ocidental iria
acabar em breve.
"Ninguém espera a
aproximação do fim da epidemia", descreveu Chan em um artigo de opinião
publicado no jornal americano The New England Journal of Medicine. "A
comunidade internacional deve se preparar para outros longos meses de
assistência coordenada e orientada massivamente."
Chan ressaltou que a pobreza é o fator que fez com que este epidemia expande gravemente e de difícil controle.
Chan ressaltou que a pobreza é o fator que fez com que este epidemia expande gravemente e de difícil controle.
"Os países mais afetados, ou seja, Guiné-Conacri,
Libéria e Serra Leoa estão entre os mais pobres do mundo", disse ela.
A Directora-geral da OMS disse
que os referidos países afectados pelo vírus do Ebola estão apenas a recuperar
de anos de conflitos e guerras civis que destruíram grande parte de seus
sistemas de saúde e têm, em algumas áreas, uma geração de crianças privadas de
acesso à educação.
Margaret Chan afirmou que, apenas um ou dois médicos estão disponíveis para 100 mil pessoas nesses países, acrescentando que os médicos são em grande parte concentrados em áreas urbanas.
Margaret Chan afirmou que, apenas um ou dois médicos estão disponíveis para 100 mil pessoas nesses países, acrescentando que os médicos são em grande parte concentrados em áreas urbanas.
“Pior ainda é que cerca de 160
profissionais de saúde foram infectadas e 80 morreram. Além disso, instalações
de isolamento e capacidade do hospital para controlar a infecção são "praticamente
inexistentes".
A epidemia do Ebola, a pior em
quase quatro décadas desde que a doença é conhecida, também tem sido reforçada
pela elevada taxa de desemprego, o que estimula a migração através das
fronteiras.
“Portanto, "a área onde atravessa
as fronteiras de três países é atualmente de alta prevalência, onde a
transmissão é intensa", disse Chan.
A doença já matou mais de 1.300 pessoas desde março,
sendo a liberia o pais mais afectado. ANG/Xinhua
Sem comentários:
Enviar um comentário