quinta-feira, 21 de agosto de 2014



Ébola

“Não há evidência de que a doença vai acabar brevemente”, diz DG da OMS

Bissau,21 Ago 14 (ANG) - A Directora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse quarta-feira que não ha nenhuma evidência de que a epidemia de Ébola na África Ocidental iria acabar em breve.

"Ninguém espera a aproximação do fim da epidemia", descreveu Chan em um artigo de opinião publicado no jornal americano The New England Journal of Medicine. "A comunidade internacional deve se preparar para outros longos meses de assistência coordenada e orientada massivamente."

Chan ressaltou que a pobreza é o fator que fez com que este epidemia expande gravemente e de difícil controle.
 "Os países mais afetados, ou seja, Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa estão entre os mais pobres do mundo", disse ela.

A Directora-geral da OMS disse que os referidos países afectados pelo vírus do Ebola estão apenas a recuperar de anos de conflitos e guerras civis que destruíram grande parte de seus sistemas de saúde e têm, em algumas áreas, uma geração de crianças privadas de acesso à educação.

Margaret Chan afirmou que, apenas um ou dois médicos estão disponíveis para 100 mil pessoas nesses países, acrescentando que os médicos são em grande parte concentrados em áreas urbanas.

“Pior ainda é que cerca de 160 profissionais de saúde foram infectadas e 80 morreram. Além disso, instalações de isolamento e capacidade do hospital para controlar a infecção são "praticamente inexistentes".

A epidemia do Ebola, a pior em quase quatro décadas desde que a doença é conhecida, também tem sido reforçada pela elevada taxa de desemprego, o que estimula a migração através das fronteiras.

“Portanto, "a área onde atravessa as fronteiras de três países é atualmente de alta prevalência, onde a transmissão é intensa", disse Chan.
A doença  já matou mais de 1.300 pessoas desde março, sendo a liberia o pais mais afectado. ANG/Xinhua

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