Economia/Finanças

FMI concede “Crédito Rápido” à Guiné-Bissau

Bissau, 26 Set. 14 (ANG) - O Fundo Monetário Internacional alcançou um acordo com o governo, ao nível técnico, para conceder a Guiné-Bissau, um “Credito Rápido” no valor estimado em 2.7 bilhões de Francos cfa.

O anunciou foi feito, esta quinta-feira em Bissau, pelo novo Chefe da Missão do FMI para a Guiné-Bissau, Felix Fischer, durante uma conferencia de imprensa na qual se divulgou as conclusões da sua visita de dez dias ao país.

De acordo com este responsável do FMI, esta convenção técnica de assistência financeira” que, é de “emergência”, será depois submetido a provação da sua Direcção e ao exame do Conselho Executivo deste organismo financeiro internacional em Novembro deste ano, antes da sua execução.

O chefe da Missão recomenda às autoridades da Guiné-Bissau como “condições prévias”, de curto prazo, a adopção de um Orçamento Geral de Estado de 2014, como sinal de normalização das suas financas públicas e a recriação do Comité de Tesouraria, para” fazer estudo do fluxo de receitas e plano de despesas públicas”.  

Por seu turno, Ministro das finanças afirmou que o entendimento alcançado com o FMI prevê que o executivo guineense leva a cabo várias reformas nos próximos anos sobretudo, na previsão, no aumento de receitas e na disciplina fiscal.

  Geraldo Martins informou que o governo já tomou certas decisões nesse sentido, e citou a titulo de exemplo o pagamento das dívidas internas e externas, a preparação dos orçamentos gerais de Estado deste ano e o de 2015 e a melhoria do ambiente de negócios, com vista a trair mais investimento externo.

Geraldo Martins que se mostra optimista quanto ao futuro macroeconómico da Guiné-Bissau, assegurou que a economia do país irá crescer na ordem de 2.5 por cento até ao final deste ano, mais do que o 0.3 por cento em relação ao  2013.

O “crédito rápido”,  na sigla inglesa, “RCF”, é um “acordo de empréstimo

que oferece apoio financeiro rápido em único pagamento”, aos países de baixa renda e que enfrentam as necessidades financeiras “urgentes”.

Durante a sua estada em Bissau, Felix Fischer manteve encontros nomeadamente, com o Presidente da República, José Mário Vaz, o Primeiro ministro, Domingos Simões Pereira,  os deputados, o Director Nacional do BECEAO e   os representantes do Sector Privado.

 Felix Fischer, suíço e economista de profissão, foi encarregado do FMI em Angola e na República Democrática de Congo,  ainda desempenhou as funções do Representante deste organismo financeiro em Moçambique. ANG/QC/SG