Economia/Finanças
FMI perspectiva acordo de empréstimo de 2.7
bilhões de FCFA à Guiné-Bissau
Bissau, 15 Set. 14 (ANG) O
Fundo Monetário Internacional (FMI) analisa com as autoridades guineenses as
possibilidades de implementação de um programa económico de “crédito rápido” a
favor da Guiné-Bissau, num valor indicativo de 2.7 mil milhões de Francos cfa.
O anúncio foi feito esta
segunda-feira em Bissau, pelo novo Chefe da Missão do FMI para a Guiné-Bissau, Felix
Fisher, numa conferência de imprensa realizada
no âmbito da visita do Director Adjunto para África do FMI Roger Nord em que
participou o ministro da Economia a Finanças, Geraldo Martins.
Felix Fisher afirma que um
eventual acordo para o efeito, permitirá o governo da Guiné-Bissau normalizar
as suas relações com o FMI e servirá igualmente de garantia, por parte de
outros parceiros internacionais em comparticipar no quadro deste empréstimo e
de outros apoios ao país.
Segundo Felix Fisher, esta missão do FMI que é
essencialmente, de auscultação das “estratégias de crescimento económico
adoptadas pelas autoridades das
Guiné-Bissau, também pretende apoiar o incremento do sector de caju guineense,
o maior produto de exportação, e na diversificação da economia.
Entretanto, na sua
intervenção, o Director Adjunto do FMI para África, Roger Nord recomenda as autoridades da Guiné-Bissau
nomeadamente, a instauração da disciplina fiscal, a retoma das reformas
orçamentais de médio prazo que levam ao aumento das receitas que considera “crucial” para o Estado fazer as suas despesas
e, finalmente, tomada de medidas para o reforço
do potencial da economia guineense, com vista a normalização do sector
energético, a criação de mais infraestruturas e a promoção de um ambiente de
negócio favorável.
Roger Nord considera que
estas recomendações são as bases para o crescimento da economia da
Guiné-Bissau.
Por sua vez, o Ministro das
finanças, Geraldo Martins que reconheceu a “queda drástica”das receitas do
estado durante o período de transição entre o Abril de 2012 e Julho deste ano,
informou que o país está a registar um crescimento “gradual” em relação aos
períodos homólogos de 2013 e disse que está em curso um plano “ambicioso” de
arrecadação de receitas, onde, por exemplo, nas alfândegas se prevê um aumento
de arrecadação na ordem de 40%.
Martins reconhece haver
muita corrupção e demasiadas isenções neste departamento de Estado responsável
pela grande parte das receitas fiscais do país. ANG/QC/SG
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