“A maioria das instituições não tem condições para funcionar” diz Director Geral do Ensino Superior
Bissau, 05 Nov 14 (ANG) -O Director-geral do Ensino
Superior e Investigação Científica do Ministério da Educação, Fodé Mané, disse
esta terça-feira que 80 por cento das instituições do ensino superior da
Guiné-Bissau não têm condições técnicas para
funcionar, não obstante estarem em
actividades.
Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné- ANG, Fodé
Mané disse que para regularizar o funcionamento das instituições de formação
superior o Estado adoptou uma legislação que estabelece as condições que as escolas deste carácter devem reunir para iniciar as suas actividades.
“A lei indica que a escola deve ter uma estrutura
própria, recursos humanos suficientes para leccionar os cursos que devem ser
aliados às necessidades do país, porque não podemos continuar a formar as
pessoas para o desemprego”, referiu o Director-geral do Ensino Superior.
Mané reconheceu que a criação das escolas privadas de formação
superior, tem a ver com o aumento do número das pessoas que concluíram o ensino
secundário e as bolsas para efeitos de formação deixaram de existir, situação
que sustentou uma certa pressão dos que procuram o acesso ao ensino superior.
Acrescentou que esta
procura também se verificou ao nível
externo, onde muitas vezes as escolas recorridas para formação superior, nem
sempre são reconhecidas pelas autoridades competentes do próprio pais.
Contudo, Fode Mané prometeu fazer aos proprietários das
instituições do ensino superior e formação profissional da Guiné-Bissau
cumprirem a lei, e que ,segundo disse, aquelas
que se recusarem a obedecer as orientações do ministério, as suas instituições serão
encerradas.
“ Não podemos ter escolas com cursos que não têm a autorização do
Ministério da Educação Nacional, porque em maioria dos casos o título não corresponde
com a formação”, justificou.
Perante esta realidade, o Director-geral do Ensino Superior
exortou aos pais e encarregados de educação no sentido de se informarem junto do Ministério da Educação, se a escola e
o curso que pretendem para os seus educandos estäo regularizados ou não.
Fode Mané disse
que o país tem alguns indicadores, através dos quais pode orientar as
instituições do ensino superior em termos de cursos, “porque na verdade há
cursos para os quais não há formados, como é o caso de Engenheiros agrónomos, gestores
da comunidade e contabilistas.
O Director-geral do Ensino Superior e Investigação Científica
reconheceu que as instituições privadas de formação superior, sendo parceiros do governo devem ter todo o apoio necessário do Ministério
da Educação Nacional Cultura Ciência e Juventude para funcionar.
Mas disse que o
apoio será feito na base da qualidade para que os formados possam ser
observados no mercado de trabalho, “porque hoje em dia pode se abrir um
concurso no país e se alguém no Senegal está interessado pode concorrer”.
Por isso, reafirmou que as instituições devem funcionar
de acordo com a lei em vigor no país, apelando aos proprietários das escolas a
contactarem a sua direcção no sentido de terem informações sobre as normas de funcionamento de uma instituição de formação
superior.
ANG/LPG/SG
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