Guineenses elogiam missão médica militar
marroquina
Bissau, 10 Jun 15 (ANG)
-A Missão Médica Militar marroquina
que se encontra em Bissau , no quadro da recente visita do rei Mohamed VI esta a ser “muito elogiado” por doentes que
já receberam a assistência da missão.
Várias centenas de
pessoas ainda se encontram a espera das suas consultas e tratamentos gratuitos,
apurou hoje um repórter da ANG que se
deslocou ao local onde a missão está a trabalhar.
Em declarações à ANG
no “Hospital de Campanha Médica” marroquino instalado na Avenida Combatentes da
Liberdade da Pátria, Albino Tchongo, um dos muitos pacientes que ali acorreram,
disse que aguarda a vez de ser consultado
aos problemas de coluna vertebral e de
ténia na barriga.
Este professor de 47
anos que lecciona o francês numa da escolas privadas aqui em Bissau, afirmou que,
finalmente, conseguiu hoje a senha que lhe dá
acesso à consulta da equipa médica marroquina.
“ A equipa militar
médica do Reino de Marrocos, apesar das suas limitações em termos do pessoal,
está a levar a cabo um trabalho excepcional de consultas e tratamento aos
guineenses carenciados” elogiou Tchongo.
Mostrando-se contente
com a cooperação entre Bissau e Rabat, Tchongo apela as autoridades guineenses para
diligenciarem junto dos marroquinos para que as missões de solidariedade do
género sejam regulares e que abranjam à todo o território nacional.
Também na lista de
espera está, Banna Sanha, de 57 anos e
doente de asma. Banna confessa-se “já
cansada”, pelo facto de estar dias a fio
sentada debaixo de sol a aguardar a “senha mágica”. No entanto, decide não arredar o pé ai até obter tratamento.
Numa conversa que
tive com uma mulher grande de mais de 60
anos, depois da cirurgia do seu olho há dias, confessou-me que já consegue
meter a linha no buraco da agulha e já consegue distinguir as notas do franco cfa”,
narrou Banna que também pediu as autoridades nacionais para continuarem a solicitar
missões de solidariedade do género para atender , sobretudo pessoas carenciadas
como ela, doméstica e mãe de seis filhos.
Quem teve a sorte de
não ficar por muito tempo à espera do referido “papel” que dá acesso ao improvisado
hospital, foi a deficiente motora, Noemi Nhaga que, mal chegou no portão, foi
autorizada a entrar por dois marroquinos acompanhados por um tradutor polícia.
Numa curta conversa
com o repórter da ANG, antes da sua entrada, esta rapariga de 22 anos disse que
padece de dores na barriga há vários anos, apesar de “muitas vezes” ter medicado,
sem sucesso.
De acordo com fontes
não oficiais, esta equipa médica militar marroquina que já consultou, medicou e
tratou centenas de guineenses, permanecerá no país durante três meses para ajudar a minimizar as dificuldades do débil
sistema sanitário guineense.
Sabe a ANG que entre
os serviços prestados por esta equipa médica militar marroquina, constam
nomeadamente, a cirurgia, a oftalmologia a ginecologia e tratamento de dentes.
ANG/QC/SG
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