quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Crise política


PAIGC desafia PR à provar acusações de corrupção contra governo  de Simões Pereira

Bissau, 08 Set 15 (ANG) – O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) convidou o Presidente da República (PR) a facultar todas as provas de que dispõe em relação as acusações de corrupção feitas ao dem
itido governo liderado por Domingos simões pereira.

Em comunicado tornado público quarta-feira, o PAIGC disse “estranhar” a resposta de José Mário Vaz ao pedido da Comissão de Inquérito do Parlamento encarregue de provar as  acusações feitas ao executivo de Simões Pereira.

Segundo o documento dos "libertadores" o Chefe de Estado terá “furtado as suas obrigações ao pedir que lhe seja precisado nas passagens do seu discurso a parte em que teria proferido tais acusações, isso em resposta a uma solicitacao neste sentido feita pelo Parlamento.

Face ao que chama de falta de cooperação de “JOMAV”, o Partido reitera a sua firme determinação em tirar as devidas ilações das conclusões dos trabalhos da Comissão de Inquérito de ANP, através do apuramento de todas as responsabilidades políticas e judiciais.

Sobre alegada má fé do PAIGC denunciada pelo Presidente da República, em propor vários nomes( incluindo Domingos Simões Pereira) do executivo demitido para novo governo liderado pelo Carlos Correia, esta força política defende que, cabe-lhe a responsabilidade de governar o país, na qualidade de partido vencedor das eleições em 2014.

“O nosso partido ganhou as eleições legislativas com base num programa de governação amplamente sufragado pelos guineenses. Portanto, ao Primeiro-ministro indigitado pelo PAIGC cabe escolher os homens e as mulheres que achar aptos para a implementação desse programa”, acrescenta o comunicado.

Ainda, na nesta nota, o PAIGC afirma que com o governo proposto, pretende-se que seja de continuidade do executivo anterior, que assumiu importantes compromissos internacionais, nomeadamente na mesa redonda de Bruxelas, Belgica.

Por isso, segundo este partido, é “absolutamente normal” que muitos membros do anterior governo façam parte deste novo que se espera a sua formação.

E, por outro lado, advertem que “querer ditar ao PAIGC os critérios para escolha dos membros do seu governo é uma tentativa inadimissível de ingerência” nos seus assuntos internos.

O país já leva cerca de dois meses sem um governo e o PAIGC acusa José Mário Vaz de ser o  responsável pela sua existencia.

O PAIGC conclui reiterarando o seu compromisso em continuar a pautar pela via do diálogo e do respeito pela Constituição e as leis do país, como forma de resolver a actual crise.

ANG/QC  

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