sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Internacional/Costa do Marfim


 País mais rico da África do Oeste francófona  vai às eleições no domingo

Bissau, 23 Out (ANG) - A Costa do Marfim, que vai às presidenciais domingo, é o primeiro produtor mundial de cacau e a primeira potência económica da África do oeste francófona.
O país reergue-se progressivamente de mais de uma década de crises político-militares e de divisão do seu território.
Antiga colónia francesa, a Costa do Marfim ascendeu à sua independência a 07 de Agosto de 1960 e Félix Houphouët-Boigny eleito presidente.
Em 1990, após 30 anos do poder do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI) e uma vaga contestação, o multipartidarismo é instaurado, embora isso, Houphouët-Boigny conseguiu  o seu 7º mandato.
Após a morte do "pai da Nação" em finais 1993, Henri Konan Bédié (PDCI) chegou ao poder. Ele ganhou as presidenciais de 1995, boicotadas pela oposição e marcadas por violentas manifestações de rua.      
No dia 24 de Dezembro de 1999, um motim de soldados se transformou num golpe de Estado, o primeiro da  história do país.
O general Robert Gueï anuncia a destituição do presidente Bédié.
A 19 de Setembro de 2002, uma rebelião armada tenta derrubar o regime do presidente Laurent Gbagbo – no poder desde as eleições controversas de Outubro de 2000 –  tendo-se amparado da metade do norte do país.
Qualificado paraíso de paz, o país voltou a estar dividido em dois, entre o Norte rebelde e um Sul lealista.
A  França, estreitamente implicado para a procura da solução, leva a cabo uma operação militar e diplomática, tendo desdobrado em 2002 uma força de interposição entre rebeldes e lealistas para proteger os estrangeiros.
Paris lança a operação militar Licorne que evolui para uma força de reacção rápida para os Capacetes Azuis da Operação das nações Unidas (ONUCI), no terreno desde 2004.
Em Outubro-Novembro de 2010, uma presidencial, adiado seis vezes desde 2005, opôs Laurent Gbagbo ao seu rival Alassane Ouattara.
O país encontra-se outra vez com dois presidentes, o  Conselho Constitucional tinha proclamado a vitória de Gbagbo e a Comissão Eleitoral a de Ouattara. A ONU reconhecia a vitória desse último.
Em Abril de  2011, Gbagbo é preso após mais de quatro meses do início crise, surgida da sua recusa de reconhecer a sua derrota a favor de Ouattara e que causou mais de 3.000 mortos.
Ele está actualmente em Haia e deverá ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).                  
A Costa do Marfim é o primeiro produtor mundial de cacau , com mais de 35% das colheitas mundiais e uma produção recorde de mais 1,7 milhões de toneladas em 2014. Café, castanho de caju (segundo produtor mundial).
Plantações de  borracha, de algodão, óleo de palma ou de fritos. O sector agrícola representa 22% do PIB, mais de 50% das receitas de exportação, e sobretudo, dois terços de empregos e de proventos da população, segundo o Banco Mundial.
O subsolo costa-marfinense é rico em ouro, manganésio, diamantes, ferro, níquel e cobre, mas somente o ouro e o manganésio são extraídos de forma industrial.
Por isso, a actividade mineira não ultrapassa em mais de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados oficiais.
O país conhecimento um crescimento de 9% nesses três anos e o RNB (Rendimento Nacional Bruto) por habitante eleva-se à 1.460 dólares (USD 1.00 equivale a Kz 125.00) em 2014, segundo o  Banco Mundial.              
País da África Ocidental            banhada pelo oceano Atlântico, a Costa do Marfim conta com 23 milhões de habitantes, dos quais 5,4 milhões de estrangeiros, segundo os resultados do primeiro recenseamento nacional em 16 anos divulgado em finais de 2014.
A nacionalidade e a noção de d'+ivoirité+ é que estão no coração da crise costa-marfinense, porquanto o país conta com mais  de 60 grupos étnicos. ANG/Angop
Yamoussoukro (mais de 200.000 habitantes) é a capital política e administrativa do  país, enquanto Abidjan (pelo menos cinco milhões de habitantes) considerada a  capital económica.

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