"O
estado da segurança alimentar no mundo é preocupante", considera investigador,
Augusto Bock
Bissau,
16 Out. 15 (ANG) - O Investigador do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisa(INEP) e mestre em Segurança Alimentar e Nutrição considerou de
preocupante a situação da alimentação no mundo.
Augusto
Bock, em entrevista exclusiva à ANG, no quadro do Dia Mundial de Alimentação que
se assinala hoje, 16 de Outubro, disse que ainda se continua a cumprir os três paradoxos
que não permitem uma boa segurança alimentar, em todo o universo.
Informou
que os três paradoxos referenciam em primeiro lugar, que os países com maior
potencial agrícola para produzir os bens materiais, são os que sofrem mais o
problema de fome, e segundo, os mais
desenvolvidos levam as matérias-primas que proveem dos países pobres e
quando transformados, são estes a ditar os preços o que dificulta as populações
mais atrasadas.
"A
abundância de alimentos no mundo e a disparidade na distribuição dos mesmos são
a terceira entrave para a erradicação da má nutrição e da fome no mundo”, refere
ainda o especialista", salientando que “há países com bastante para consumir
enquanto nos países pobres falta muito sustento”.
Para
Augusto Bock, a fome não devia existir no mundo mais com tantas desigualdades a
nível mundial, no que concerne a divisão de alimentos, a fome está ainda muito
longe de ser extinta e o problema da insegurança alimentar vai continuar a
persistir principalmente no mundo não desenvolvido.
“Podemos
tomar o exemplo do nosso próprio país que tem grandes potencialidades de
produção alimentar, mas estamos a sofrer a fome e os preços das nossas
matérias-primas não dependem de nós mais sim do comprador”, lamenta.
O Mestre
em Segurança Alimentar e Nutrição afirmou ainda que na Guiné-Bissau há
alimentos por toda a parte mas que apesar dessa situação há pessoas que vão para cama sem comer.
Disse
entretanto que está optimista com a política
que está a ser implementada no país.
Adiantou
que para se atingir aos objectivos de segurança alimentar deve-se fazer muito mais, principalmente ao
nível da sensibilização nas zonas rurais.
Aquele
nutricionista considerou que o melhor hábito alimentar é respeitar as horas das
refeições e variar os alimentos, ou seja “não comer um único tipo de alimento, porque
isso não ajuda na saúde”.
Augusto
Bock considerou que os guineenses não respeitam o conceito de alimentação equilibrada
nem racional, que passa pelo, número de refeições, a quantidade a ingerir e a
hora de comer.
“Um indivíduo
deve comer cinco vezes por dia, isto é pequeno-almoço, lanche, almoço, lanche e
jantar. Mas não é para comer em grande quantidade, mas sim um pouco de cada vez",
explicou. ANG/MSC/SG
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