Sindicato promove vigílias junto aos órgãos de soberania
Bissau 9 Dez 15 (ANG) – O porta-voz do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Guiné-Bissau (SITRACORREIOS) declarou hoje, estar para breve, a realizacao de vigílias junto à Presidência da República, Assembleia Nacional Popular e no Palacio do Governo, reivindicando o pagamento de 9 meses de salários em atraso.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné - ANG, Bernardino Santos Mango disse que o SITRACORREIOS decidiu no quadro da greve iniciada à 1 de dezembro corrente, denunciar os abusos cometidos por parte do patronato junto dos órgãos da soberania por considerar que, muitas vezes, a mensagem não é passada de forma adequada.
“Sempre fizemos questão de esclarecer que os motivos da nossa ida à greve tem que ver com a falta de pagamento dos salários e humilhações pelas quais os funcionários dos correios tem passado ”, explicou.
Santos Mango acusa a direção dos correios de afastar sistematicamente os técnicos e funcionários daquela instituição colocando estagiários nos seus lugares.
“A situação dos trabalhadores dos Correios é inquietante. Estamos com um efectivo de 107 funcionários, com problemas de salários mas, o actual diretor já inseriu 57 estagiários neste serviço e até já procedeu com as suas nomeações nalguns departamentos deste serviço”, disse.
Bernardino Mango disse que há falta de transparência e diálogo na gestão dos assuntos internos dos Correios.
Entretanto, pede explicações à direção dos Correios sobre as receitas que deram entrada cujo destino se desconhece.
Conforme aquele sindicalista desde que iniciaram a greve não foram contactados por parte da Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações (SECT) no sentido de negociarem e nem a direcção dos correios teve a iniciativa de reaproximar as partes em conflito.
“Temos graves problemas nos correios, mas neste momento só estamos a pedir que cumpram com o pagamento dos 9 meses de salários em atraso durante os meses de novembro e dezembro deste ano como consta do ultimo memorando de entendimento assinado entre o sindicato e a SECT”, afirmou.
Mango fez questao de referir que a iniciativa de desencadear uma greve de 30 dias é uma reivindicação justa que não tem nada a ver com questões políticas ou intenções de denegrir a imagem de alguém.
ANG/FGS/SG
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