Presidente Mário Vaz pede protecção da Guiné-Bissau face à “enormes riscos”
Bissau,01 Dez 15(ANG) - O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apelou segunda-feira aos parceiros do país, para que protejam a Guiné-Bissau face às mudanças climáticas.
"Lanço um vibrante apelo aos nossos parceiros para que apoiem a Guiné-Bissau face aos enormes riscos que as alterações climáticas colocam", referiu o chefe de Estado ao discursar na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), que decorre até 11 de Dezembro, em Paris, França.
José Mário Vaz referiu que "é chegado o momento inadiável de alicerçar compromissos" à escala global, de forma a haver "uma partilha efectiva de responsabilidades".
O chefe de Estado realçou que a Guiné-Bissau - com 80 ilhas e ilhéus e um território continental quase plano - e um dos países mais vulneráveis à subida do nível dos mares.
A Guiné-Bissau faz parte da aliança dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e pretende continuar a constituir-se como "um sumidouro absoluto de gases responsáveis pelo aquecimento global", acrescentou Vaz.
A chave para a Guiné-Bissau cumprir esse papel são as florestas, que segundo José Mário Vaz , irão ter "uma gestão mais sustentada".
Quanto a agricultura, o Presidente guineense confia em avanços, mas garantindo sempre que será uma actividade amiga do ambiente.
A COP21, que decorre entre 30 de Novembro e 11 de Dezembro, reúne em Paris representantes de 195 países, que tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre a redução de emissões de gases com efeito de estufa.
O acordo deve limitar, até 2100, o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução industrial.
Até agora, mais de 170 países já apresentaram contributos para a redução de emissões, mas são ainda insuficientes para alcançar a meta proposta.
Entre os assuntos pendentes estão a aceitação de um mecanismo de revisão periódica das contribuições nacionais e a existência de um só sistema, sem divisões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas com flexibilidade no tratamento - tema que, juntamente com a responsabilização dos países maiores emissores, serão aspetos mais difíceis de resolver.
ANG/LUSA
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