Política
Líder
do PUN pede criação de Tribunal Especial para julgar crimes políticos
Bissau
30 Dez. 15 (ANG) - O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), pediu hoje a
criação de um Tribunal Especial para julgar todos os crimes contra o sistema
político no país.
Idrissa Djaló no centro |
Idrissa
Djalo que falava em conferência de
imprensa sobre a actual situação política no país, afirmou que desde 1998 que os
guineenses e seus parceiros tentam perceber das fontes das instabilidades
políticas na Guiné-Bissau.
“É
verdade que as Forças Armadas participando reiteradamente na subversão da Ordem
Democrática estavam a ser vistos como um centro fulcral de instabilidade na
nação, mas, na verdade não são “, disse.
Para
o líder do PUN, a génese do conflito político militar de 98 e que culminou com
a guerra civil foi essencialmente política e o envolvimento militar e das
forças estrangeiras não deixou transparecer a responsabilidade do sistema
político.
“Foi
com esta crise que se deu início a uma prática nefasta no país e os
responsáveis políticos começaram a perceber que era possível derrubar com o
apoio das Forças Armadas ou outras a Ordem Constitucional”, declarou o líder do
PUN.
De
acordo ainda com Idrissa Djalo daí até a data presente o país tem vivido numa
cultura criminosa de golpes de uma forma repetitiva e segundo ele baseado na
impunidade.
Aquele
político questiona, se o sistema político estiver podre, corrupto e
criminoso,”como é que podemos ter uma Força Armada republicana ou uma justiça
isenta.
O
epicentro dos problemas da Guiné-Bissau para Idrissa Djalo, não são as Forças
Armadas, nem o sistema judicial, nem o sector privado, mas sim, o sistema
político e é este sistema que representa um perigo para a nossa segurança
individual e colectiva.
Djalo
defende o aparecimento de uma nova força democrática que é o cidadão, que,
segundo ele, não pode haver uma democracia sustentável sem a cidadania, adiantando
que é importante o país sair da democracia dos partidos para os citadinos.
O
Líder do Partido da Unidade Nacional considerou a figura do Presidente da
República como o "calcanhar de Aquiles" da Guiné-Bissau.
Disse
que José Mário Vaz, tem graves
deficiências porque num debate antes das eleições de 2014, ele demonstrou desconhecer os termos de referência de um Chefe do Estado, posto para qual era
candidato.
O
político aconselhou ao Presidente da República a ser um verdadeiro factor de
união entre os guineenses e que esteja ao serviço da Guiné-Bissau. ANG/MSC/PFC/SG
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