Presidente sob suspeita de conspiração
Bissau, 07 Mar 17
(ANG) - A Procuradoria da Coreia do Sul suspeita que a Presidente afastada,
Park Geun-hye, conspirou com sua amiga e confidente Choi Soon-sil, para obter
subornos da Samsung e outras empresas, anunciou ontem a equipa de
investigadores.
A equipa
independente de procuradores tornou públicas segunda-feira as conclusões da
investigação de mais de três meses sobre a ampla trama de corrupção da amiga da
Presidente sul-coreana, na qual volta a assinalar Park Geun-hye como suspeita
de múltiplos delitos.
Os investigadores consideram que Park e Choi se puseram de acordo para
pressionar a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais sul-coreanos
para que realizassem doações a organizações vinculadas à amiga da Presidente,
em troca de um tratamento favorável das autoridades, destacaram em comunicado.
Além disso, os procuradores concluíram que a Presidente estava ciente da
criação de uma lista exclusão de quase dez mil artistas e profissionais do
mundo da cultura críticos ao Governo, concebida com o objectivo de cortar as suas
vias de financiamento público e privado.
As conclusões da procuradoria apontam Park como suspeita dos crimes de suborno,
tráfico de influência e abuso de poder, entre outros, dentro da ampla trama de
corrupção do caso sua amiga.
Park conta com imunidade legal devido ao facto de ainda ocupar formalmente o
cargo de Chefe de Estado, embora tenha sido afastada de suas funções quando o
Parlamento sul-coreano aprovou a sua destituição em Dezembro do ano passado.
A destituição de Park está agora nas mãos do Tribunal Constitucional, do qual
se espera uma decisão a respeito nos próximos dias. A equipa independente de
investigadores tentou repetidamente interrogar a Presidente para esclarecer
mais detalhes sobre a trama, mas Park evitou comparecer ao fazer uso de sua
imunidade legal.
Os investigadores enviaram as suas conclusões à procuradoria estatal para
continuar com a instrução sobre o caso, no qual estão envolvidas 30 pessoas,
entre elas o herdeiro e líder de facto do conglomerado Samsung Group, Lee
Jae-yong.
Lee, que permanece detido desde 17 de Fevereiro, vai ser julgado junto a outros
quatro altos executivos da empresa pelas acusações de suborno e outros delitos
como desvio e ocultação de activos no exterior.
A procuradoria deve continuar com a investigação para aprofundar nas conexões
entre vários assessores da equipa de Park e outras grandes corporações
sul-coreanas.
ANG/JA
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