Técnicos
debatem leis para revisão do Código de Minas
Bissau, 27 Mar 17 (ANG) – Os
técnicos do Ministério dos Recursos Naturais estão reunidos a partir de hoje e
durante três dias num Ateliê sobre a discussão e emendas do Anteprojeto da
revisão do Código Mineiro dos países da União Económica e Monetária Oeste
Africana (UEMOA) e dos seus respetivos regulamentos.
Falando na abertura do
referido seminário, o Inspetor-geral do Ministério dos Recursos Naturais
lembrou que as orientações das diferentes organizações do continente africano
em relação a política mineira conduzem os Estados membros a harmonização das
políticas para melhor gerir o sector.
Seco Buía Baio disse que estas
orientações têm a ver com a contribuição do sector mineiro para o
desenvolvimento socioeconómico dos países membros, garantindo o desenvolvimento
das comunidades locais e a protecção do meio ambiente nas zonas mineiras.
“ Na análise e discussões do
presente anteprojeto do Código de Minas e dos seus regulamentos deverão ter em
conta as orientações no que tange ao ambiente sem perder de vista a realidade
de cada Estado concentrando-se, principalmente, nos tratamentos e no mecanismo
da emissão dos títulos mineiros, gestão dos jazigos transfronteiriços, caso de
Bauxite de Boé bem como a formação e emprego para reforçar as instituições
públicas e das comunidades locais “, disse.
O Seco Baio disse esperar que
os participantes no seminário contribuam
para que o documento seja um instrumento de promoção do sector, de forma a
atrair investidores .
Por seu turno, o representante
da UEMOA no país, Georges Sehoue, disse que o código do sector mineiro da
organização já existia há algum tempo, mas tendo em conta as alterações que a
evolução no sector mineiro exige, necessita de ser adaptado a legislação e as demandas do momento.
Segundo ele, o Código que será
aprovado vem com os seus regulamentos que vai ajudar os Estados membros na sua
aplicação.
Sehoue salientou que o
encontro está a ocorrer em diferentes países, para depois cada um apurar, de acordo
com a sua realidade, e este ano ainda vai-se realizar um ateliê regional onde
vai ser adoptado um Código Mineiro da
instituição.
Por seu lado, o ponto – focal
da UEMOA no ateliê disse que o evento tem grande importância uma vez que a África
perdeu muito dos seus recursos minerais e que as receitas provenientes da sua
exploração, devido a má elaboração de politicas que regem o sector mineral.
Basílio Mendes Calatimbu salientou
que as políticas em causa começa por Código Mineiro num país e os seus
regulamentos, o que tem de ser redigidas de uma forma clara, objetiva para
servir o interesse das populações dos Estados membros.
“Isto passa por ter a
capacidade de atrair investidores, o que
muita das vezes não acontece. Um país como o nosso tinha que fazer uma
declaração politica, que mostra que o país sabe o que quer dos seus recursos
naturais pondo-os ao interesse do seu povo e a capacitação dos técnicos da área
para poderem estar preparados. Por isso é que a UEMOA viu que é preciso regular
o seu Código de Minas porque, sem isso, a organização não estará a prestar um
bom serviço aos Estados membros” disse.
ANG/MSC/ÂC/SG
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