G7 falha acordo sobre sanções contra Moscovo
Bissau, 12 Abr 17 (ANG) - O grupo dos sete países
mais desenvolvidos do mundo (G7) não conseguiu terça-feira chegar a acordo
sobre a aplicação de novas sanções económicas a Moscovo, por apoio ao Governo
do Presidente sírio, Bashar al-Assad.
Os membros do G7 concordaram no adiamento da
aplicação de novas sanções, até que surjam “evidências irrefutáveis” sobre um alegado
ataque químico, cuja responsabilidade é atribuída pelo Ocidente às autoridades
de Damasco.
A proposta de sanções, colocada em cima da mesa por
Boris Johnson, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, incluía a
penalização financeira de altas figuras militares da Rússia e Síria.
Angelino Alfano, ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, confirmou a ausência de um consenso em matéria de sanções ao afirmar que qualquer acção que pudesse penalizar ou isolar ainda mais a Rússia “seria errada”.
Entretanto, o grupo de líderes do G7 concordou que o afastamento do Presidente sírio é um ponto essencial para que seja encontrada uma solução do conflito.
Citado pela agência Ansa, Alfano sublinhou que a
intervenção dos Estados Unidos na semana passada à base aérea de Shayrat, a
primeira intervenção directa de Washington em território sírio desde o inicio
da guerra civil, em 2011, potenciou uma nova “janela de oportunidade para
construir novas condições positivas para o processo político na Síria”.
A intervenção ordenada durante a madrugada de
sexta-feira pela Administração Trump surgiu em resposta ao ataque químico na
província de Idlib, atribuído pelo G7 ao Governo do Presidente Bashar al-Assad,
e que fez mais de 80 mortos.
O encontro do G7 que decorreu entre segunda e
terça-feira em Lucca, na região italiana da Toscânia, previa determinar uma
posição conjunta das potências ocidentais antes da viagem do chefe da
diplomacia de Donald Trump, Rex Tillerson, à capital russa, realizada ontem.
ANG/JA
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