quarta-feira, 17 de maio de 2017

Campanha de Caju





PUN responsabiliza Presidente da República pelas irregularidades registadas

Bissau,17 Mai 17 (ANG) - O Presidente do Partido de Unidade Nacional (PUN) responsabilizou terça-feira o Presidente da República pelas irregularidades registadas nos primeiros momentos da presente campanha de comercialização da castanha de caju.

Em conferência de imprensa, Idrissa Djaló acusou o chefe de Estado guineense de ser cúmplice da actual campanha caju, porque ele Idrissa interpelou o José Mario Vaz há três meses informando-lhe sobre as consequências das medidas tomadas pelo executivo referente ao processo da compra de caju.

Idrissa Djaló disse que o grupo que delapidou o Fundo de Industrialização e Comercialização de Produtos Agrícolas (Funpi), é o mesmo que está a criar a distorção no mercado constituindo “operação roubalheira” para benefício próprio.
 “No início da presente campanha cada quilo de caju devia ser vendido a oitocentos francos cfa, mas o referido grupo subtraiu duzentos francos a cada quilo ganhando mais de quatro bilhões de francos cfa”, revelou o líder do PUN.

Idrissa Djaló disse ainda que Vitor Mandinga não pode ser ministro de Comércio ao mesmo tempo “Djila” (comerciante).

Por outro lado, o Presidente do PUN admitiu a possibilidade de organizar manifestações junto ao Palácio da República se o Presidente guineense não cumprir o Acordo de Conacry, até ao dia 25, fim do prazo estabelecido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Em relação a recentes deliberações do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o político afirmou que o Presidente da República está encurralado e não tem outro espaço de manobra, a não ser de exonerar atual Governo e nomear novo Primeiro-ministro, a luz do Acordo de Conacry.

“Se JOMAV não aplicar o acordo, independentemente das sanções que será alvo, será um golpista assumido. E que legitimidade terá este Governo perante o povo e a comunidade internacional?” questionou Djaló.

Por isso, Idrissa Djaló pediu ao Chefe de Estado a cumprir com o Acordo de Conacri para evitar que o país entra numa situação de ingovernabilidade.

ANG/LPG/ÂC/JAM/SG


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