Jornalistas
da Guiné-Bissau capacitados em matéria de indústrias extractivas
Bissau, 25 Mai 17 (ANG) –
Mais de 20 jornalistas afectos a diferentes órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau,
receberam no último fim-de-semana, a capacitação sobre as indústrias
extractivas, no quadro do projecto “promoção de boas práticas sociais e
ambientais no sector de petróleo e minas financiado pelo Swissaid.
Segundo o Jornal Nô Pintcha,
o representante da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)
Nelson Dias, disse que os dois dias de formação servirão para os jornalistas investigarem,
e terem o máximo de informações possíveis sobre o sector mineiro e outras indústrias
extractivas, nomeadamente sobre os seus impactos positivos e negativos.
De acordo com o representante
da UICN, anualmente, passam mais de 800 tanques de petróleo nas águas guineenses,
saindo da zona sul do país.
“Caso houver o derramamento
ao largo dos bijagós, qual será o seu efeito e até onde pode chegar a maré
negra se os tarrafes vão até 150 quilómetros da costa ”, questionou.
Aquele responsável
acrescentou que, por outro lado, que tanto a sua instituição assim com o Instituto
da Biodiversidades e das Áreas Protegidas(IBAP), concordam com a exploração dos
recursos naturais, “usando boas práticas e tecnologias adequadas para o efeito.
Dias promete desencadear uma
ofensiva contra as tecnologias obsoletas na exploração de indústrias extractivas
na Guiné-Bissau.
Nelson Dias acrescentou que o projecto “promoção de boas práticas
sociais e ambientais no sector de petróleo e minas é um dos programas mais
importantes do país, não pelo seu tamanho de financiamento, mas sim pela sua
temática e consistência de financiamento.
Salientou que o país está numa fase de sonho, baseando no conhecimento
e no saber que as industrias extractivas terão espaço para financiar um desenvolvimento
sustentável na Guiné-Bissau.
Segundo o representante da UICN, o grupo de trabalho
sobre petróleo e outras industrias extractivas é constituído por 12 instituições
públicas e organizações da sociedade civil e foi criado em 2005.
Os seus membros participam de uma forma voluntária,
transmitindo as suas experiencias e competências sobre a mineração, a
conservação dos recursos naturais e da biodiversidade e o desenvolvimento
durável.
Nelson Dias realçou ainda que o objectivo do
projecto face a esta problemática, é de
contribuir para a tomada de consciências popular sobre as perspectivas e a
difusão das boas praticas de exploração mineira e do petróleo.
ANG/LLA/SG
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