quarta-feira, 26 de julho de 2017

Caso RDP/RTP-África



“Decorrem negociações para reabertura desses órgaos”diz Primeiro-ministro 

Bissau, 26 Jul 17 (ANG) – O Primeiro-ministro assegurou  terça-feira em Bissau, que os governos guineense e português estão em “negociações”, com vista a retoma das emissões da Rádio e Televisão lusas no país.

Em declarações aos jornalistas no final da sua visita a nova sede da Agência Nacional de Cajú (ANCA), Umaro Sissoco Embalo disse que deu “orientações ao seu Ministro da Comunicação Social, Victor Pereira, para “responder todas as correspondências” das autoridades portuguesas.

 As relações entre Guiné-Bissau e Portugal ultrapassam os respectivos governos, os simples titulares de órgãos públicos ou RDP/RTP”, declara o chefe do executivo guineense para acrescentar que as mesmas “são seculares entre os dois povos”.

Contudo, o governante guineense salienta que a Guiné-Bissau é um “Estado soberano” pelo que deve ter um tratamento como tal por parte de outros Estados.

No dia 30 de Junho corrente, o Ministro da Comunição Social guineense anunciou publicamente, o encerramento das emissões da Rádio e Televisões públicas portuguesas RDP/RTP-África) por “caducidade”do  acordo e por “falta de cumprimento dos engajamentos” assumidos por Portugal no âmbito do referido acordo.

Ainda, de acordo com Ministro Victor Pereira, o executivo português “não respondeu” várias cartas do governo de Bissau, nas quais se pede a revisão deste memorando de entendimento assinado em 1997 entre os dois Estados.

Por sua vez, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal acusou, na altura, o governo da Guiné-Bissau de “estar a pôr em causa a liberdade de expressão”. 

Em relação a sua visita a nova sede da ANCA, o Primeiro Ministro deixou entender que a mesma visa, essencialmente “homenagear” esta instituição pública reguladora do sector de cajú, “pelo seu papel” , em colaboração com outros actores, para que o caju tivesse “um bom preço”, junto dos camponeses.

De acordo com o Presidente da ANCA, Malam Djaura, até neste momento, se registou a exportação de cerca 140 mil toneladas de castanha de cajú.

Em 2016, de acordo com a informações oficiais, a Guiné-Bissau exportou um pouco mais de 200 mil toneladas deste principal produto de exportação do país. 

ANG/QC/SG

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