Bissau, 07 Set 17 (ANG) - Os resultados finais das eleições gerais de 23
de agosto, divulgados quarta-feira pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE),
confirmam João Lourenço como novo Presidente de Angola, com 61,07 por cento dos
votos alcançados pelo MPLA.
O anúncio foi feito pelo presidente da CNE, André
da Silva Neto, em conferência de imprensa, para divulgação dos resultados
definitivos das eleições gerais angolanas, que confirma também Bornito de Sousa
novo vice-Presidente da República.
A Constituição angolana prevê que o cabeça de lista
do partido mais votado em eleições gerais seja automaticamente nomeado
Presidente da República.
Os mais de 4,1 milhões de votos no Movimento
Popular de Libertação de Angola (MPLA, há 42 anos no poder em Angola) e a
vitória em todas as 18 províncias angolanas traduzem-se em 150 deputados (menos
25 do que nas eleições de 2012), os suficientes para garantir a maioria
qualificada na Assembleia Nacional (com 220 assentos).
Os resultados definitivos indicam ainda que a União
Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) é a segunda força
política mais votada, tendo conseguido mais de 1,81 milhões de votos (26,67 por
cento). A UNITA conseguiu 51 deputados.
A coligação de partidos Convergência Ampla de
Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE) ficou-se pelos 643,9 mil
votos, o que corresponde a 9,44 por cento da votação global e traduz-se em 16
assentos. Nas eleições de 2012, a CASA-CE tinha conseguido apenas oito
mandatos.
O Partido da Renovação Social (PRS) alcançou 92,2
mil votos (1,35 por cento), elegendo dois deputados, enquanto a Frente Nacional
de Libertação de Angola (FNLA) conseguiu 63,6 mil votos (0,9 por cento) e
elegeu um parlamentar.
A Aliança Patriótica Nacional (APN) reuniu 34,9 mil
votos, ficando sem representação parlamentar.
A UNITA, a CASA-CE, a FNLA e o PRS apresentaram na
terça-feira três novas reclamações quanto aos resultados das eleições, mas a
Comissão Nacional Eleitoral (CNE) declarou-as hoje improcedentes, acusando as
formações de estarem a "agir de má-fé".
Anteriormente, estes partidos tinham apresentado
outras reclamações, alegando irregularidades nos resultados provinciais
definitivos.
A 30 de agosto, o Tribunal Constitucional angolano
julgou improcedente o pedido de impugnação apresentado CASA-CE, sobre a
divulgação dos resultados provisórios das eleições gerais de 23 de agosto.
ANG/Lusa
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