segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Desporto/futebol


Empresário Catió Baldé investe cinco milhões de euros em academia de futebol em Bissau

Bissau, 30 Out 17 (ANG) – O empresário Catió Baldé anunciou o investimento de cinco milhões de Euros na construção, no próximo ano, de uma academia de futebol e um centro de estágios com padrões internacionais.

«A Guiné-Bissau gerou em termos de lucros de futebol em Portugal mais de 50 milhões de euros. Este é um investimento que vai ter o seu retorno. O novo futebol hoje não compadece daquilo que era a cultura dos anos 60, 70 e 80», afirmou o empresário à Lusa.

A academia de futebol vai estar equipada com refeitório, dormitório, escola, piscinas, uma unidade hoteleira para o centro de estágio e dois campos de futebol, que se podem transformar em quatro campos de futebol de sete.

Tudo conforme as regras da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

«Antes, os europeus vinham a África buscar jogadores altos, corpulentos, com força, mas hoje o futebol mudou e os grandes clubes da Europa querem jogadores com formação base», disse.

O objetivo, segundo o empresário, é o negócio, mas também `oferecer aos jovens as melhores condições de trabalho´.

«Quando saem daqui para a Europa saem preparadíssimos. Hoje, na Europa, querem jogadores inteligentes, porque hoje é preciso saber que um jogador é capaz de decidir um jogo numa fração de segundos», salientou.

Apaixonado pelo futebol, Catió Baldé assumiu que está no desporto pelo negócio, mas `acima de tudo porque acredita no talento dos jovens guineenses´.

«Dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), a Guiné-Bissau é o país mais próximo do Brasil tecnicamente e eu acredito neste talento», salientou.

Com investimento já feito de cinco milhões de euros, porque todo o equipamento foi importado da Europa, Catió Baldé não tem dúvidas que a ´academia vai estar preparada para exportar jogadores para a Europa e para os grandes mercados internacionais´.

Baldé considera que a Guiné-Bissau podia ganhar anualmente milhões de euros se houvesse legislação que protegesse os jogadores guineenses
ANG/Lusa

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