PAIGC
acusa Presidente da República de transformar Guiné-Bissau numa “República Sem Leis”
Bissau, 09 Out 17 (ANG) – O Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC),responsabilizou o chefe de
Estado pela transformação da da Guiné-Bissau numa
" Nação Sem Leis" , onde tudo pode
acontecer numa total impunidade e
descaramento.
Em comunicado de imprensa divulgado no
passado dia 6 do corrente mês, os libertadores refere que Domingos Simões
Pereira é o líder do PAIGC , porque preside nessa qualidade todos os órgãos
estatutários do partido incluindo o Bureau Político e o Secretariado Nacional.
“Por isso, qualquer actividade que leva o
selo do PAIGC tem que ser de conhecimento da Direcção Superior do Partido ,
razão pelo qual o PAIGC e a sua direcção não reconhecem as razões que levaram
um grupo de cidadãos , que não são militantes nem dirigentes do partido a organizar uma dita
Conferencia Nacional em nome do partido “, indicou a nota.
O comunicado refere ainda que o
auto-intitulado “Grupo dos 15” não tem hoje nenhuma ligação ao PAIGC e os seus
membros são livres de fazer o que bem entender, mas sem nunca invocar o nome do
partido para cobertura dos seus actos, salientando de que quem fala em nome do
PAIGC são os dirigentes e militantes devidamente escolhidos.
Na nota o PAIGC fala das contínuas acções de
total indisciplina e violação das regras legais e democráticas que o” Grupo dos
15”,tem vindo a levar a cabo com total
impunidade e até em certa medida contando com a cobertura legal de algumas
instituições .
“Exemplo desses actos são, entre outros, a afirmação
pública desse grupo de que pretendem assumir a liderança do PAIGC, a revelia das
normas democráticas de funcionamento de qualquer organização política, as
ameaças de assaltos a órgãos de soberania, na presença dos seus titulares e a
realização, em nome do partido, de uma dita Conferência Nacional “, lê-se na
nota.
O documento acrescenta que igualmente o Grupo
dos 15 divulgou uma chamada Declaração de Bissau para ser distribuída em nome
do partido em todo território nacional sem lembrar que nada tem a ver com o partido.
Informaram que no passado tiveram ligações
estatutárias e deixaram de o ter porque foram expulsos e suspensos por terem
desrespeitado a disciplina partidária, causando profundos danos ao PAIGC,
preferindo aliar-se com adversários e retirar o poder que o partido conquistou
nas urnas.
Segundo o documento, o PAIGC considera que as ameaças ou acções praticadas pelo “Grupo dos 15”, constituem motivos, mais do que suficientes, para que as instituições competentes da República forjada e que se pretende transformar numa “República Sem Leis “, tomarem uma decisão firme.
Segundo o documento, o PAIGC considera que as ameaças ou acções praticadas pelo “Grupo dos 15”, constituem motivos, mais do que suficientes, para que as instituições competentes da República forjada e que se pretende transformar numa “República Sem Leis “, tomarem uma decisão firme.
“E se isso não acontecer pode fazer entender
a terceiros a existência de um conluo perigoso com a ditadura actualmente
imposta sob a batuta de José Mário Vaz, exemplos disso são, a proibição de
manifestações públicas, a censura severa nos órgãos de informações estatais e a
desejada limitação das acções políticas dos partidos políticos “,explica a
missiva.
No documento, os libertadores recordam ainda a
imposição de um Governo presidencialista, ilegal e inconstitucional que já
ultrapassou todos os limites legais permitidos pelo ordenamento jurídico
guineense , bem como a existência de uma sobreposição do poder executivo sobre
o judiciário com ordens de prisão ilegal e arbitrária de quem insultar figuras
institucionais.
“O PAIGC diz BASTA e reclama a imediata intervenção das instituições
competentes por uma questão de respeito pela legalidade e por algumas Instituições
da República, e se necessário, o partido e os seus dirigentes, militantes e
simpatizantes têm capacidade para repelir pela força, em legítima defesa,
quaisquer tentativas de assalto a liderança do partido ou de ofensas corporais
aos seus dirigentes ou danos no seu património “, refere o comunicado.
Na missiva o PAIGC exorta a todos
quantos queiram desafiar ou provocar que a tolerância tem limites e que a
partir de agora todos os actos ou acções provocatórias serão respondidas de
forma enérgica para se pôr cobro a esta situação que se arrasta há mais de dois
anos..
“Perante a manifesta incapacidade do Presidente da República em encontrar uma saída para pôr cobro a esta situação de crise profunda que assola o país há mais de dois anos, é convidado a implementar imediatamente o Acordo de Conakry, considerado como o único instrumento capaz de retirar a Guiné-Bissau da situação catastrófica em que se encontra”, lè-se no comunicado.
ANG/MSC/ÂC/SG“Perante a manifesta incapacidade do Presidente da República em encontrar uma saída para pôr cobro a esta situação de crise profunda que assola o país há mais de dois anos, é convidado a implementar imediatamente o Acordo de Conakry, considerado como o único instrumento capaz de retirar a Guiné-Bissau da situação catastrófica em que se encontra”, lè-se no comunicado.
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