Ministro
de Saúde lamenta que a Guiné-Bissau esteja entre os países com maiores taxas de mortalidade materno-infantil
Bissau, 05 Oct 17 (ANG) – O
Ministro de Saúde revelou hoje que a Guiné-Bissau continua a figurar entre os
países do mundo, onde morrem elevado número de crianças menores de cinco anos e
de mulheres grávidas no momento de parto.
Carlitos Barai falava na
cerimónia de apresentação aos parceiros do Programa Integrado para a Redução da
Mortalidade Materno-Infantil (PIMI), renovado para quatro anos.
Barai disse que o problema
de saúde guineense contínua dependente dos financiamentos de diversas Agencias
de desenvolvimento multilaterais e bilaterais presentes no pais e activas no
sector de saúde.
Acrescentou que, de acordo com os dados apresentados no
mais recente inquérito aos Indicadores Múltiplos relativamente ao ano 2014, a
taxa de mortalidade de crianças com menos de “Um” ano de idade é de 55 mortes
por cada 1000 nascimentos.
Relativamente a mortalidade
materna, aquele responsável afirmou que persistem indicadores bastante
preocupantes.
“Tendo em conta os dados
estatísticos existentes torna-se claro que a Guiné-Bissau tem de melhorar
substancialmente os seus indicadores de Saúde materno-infantil, de modo a
conseguir alcançar as metas estabelecidas pelos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável,
de reduzir até 2030 a taxa de mortalidade materna global
para 70 mortes por cada 100.000”, alertou o Ministro.
Por seu turno, o Embaixador
da União Europeia (E U) Victor Madeira dos Santos destacou que no âmbito da
continuação do apoio da E.U. ao Programa Integrado para a Redução da
Mortalidade materno-infantil (PIMI 2), iniciado em Junho de 2013 e com duração
inicial de três anos, o referido programa pretende diminuir a mortalidade das crianças
de “Cinco” anos de idade juntamente com as mulheres grávidas através de
consultas, medicacao e outros actos medicos gratuitos.
Referiu que inicialmente, o programa foi implementado nas regiões do Biombo,
Cacheu, Oio, Farim e Gabú mas que a partir de 2015 passou a abranger as restantes regiões do
país.
“A favorável avaliação
externa do programa, feita em 2016, recomendou a sua continuidade e cobertura
nacional para os próximos quatro anos (2017-2021). O custo total da segunda
fase é de 22.7milhões de Euros montante correspondente a mais de 14 bilhões de
FCA, sendo 88 por cento financiado pela
(U E) e os restantes 12 por cento pelos parceiros”, revelou Madeira dos Santos.
Segundo disse, mais de 600
mil pessoas beneficiarão do programa, entre os quais crianças menores de cinco
anos e mulheres grávidas.
“O programa na só intervém
nas 133 estruturas de saúde distribuídas pelas nove regiões do pais, como
também a nível comunitário, por meio da formação e apoio aos Agentes de Saúde Comunitária”,
afirmou Dos Santos.
Em representação do Fundo
das Nações Unidas para Infância (UNICEF), Christine Jaulmes reforçou que o
programa irá assegurar um melhor acesso
à cuidados de saúde à mulheres grávidas e dar seguimento das mesmas até 45 dias após o parto.
Jaulmes assegurou que as crianças
menores de cinco anos terão a mesma oportunidade através da disponibilização de
medicamentos, e consumíveis médicos essenciais e equipamentos clínicos.
ANG/LLA/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário