Governo da Guiné-Bissau vai atribuir nacionalidade a
cerca de dez mil refugiados
Bissau,07 Dez 17
(ANG) – O Governo da Guiné-Bissau e o Alto Comissariado da ONU para os
Refugiados (ACNUR), assinaram quarta-feira um documento para a atribuição da
nacionalidade guineense a cerca de 10.000 refugiados que se encontram no país.
Os 10.000 refugiados
estão há mais de 20 anos na Guiné-Bissau e são provenientes da região
senegalesa de Casamança, Libéria e Serra Leoa.
“ Possuir uma
nacionalidade é essencial para uma plena participação na sociedade e uma
condição prévia para beneficiar dos direitos fundamentais do homem”,afirmou o
representante do ACNUR na Guiné-Bissau Mamadu Lamine Diop.
Para Mamadu Lamine
Diop,a decisão do Governo guineense é bastante “importante para a comunidade de
refugiados” e vai ser acompanhada de um plano de execução e acompanhada por uma
comissão técnica.
Presentes na
cerimónia de assinatura da Cláusula de Integração Local Definitiva de
Refugiados de Longa Duração estiveram vários ministros do Governo
guineense, incluindo o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló.
“Hoje é um dia
excecional e muito importante. Eu já fui refugiado e por isso manifesto a minha
solidariedade a todos os refugiados do mundo”, afirmou o primeiro-ministro
guineense.
Nas suas declarações, Umaro
Sissoco Embaló encorajou todos os países a procederem da mesma maneira e a
mobilizarem-se no apoio aos refugiados.
“Hoje é um grande dia
para a Guiné-Bissau e para os refugiados e para todos aqueles que estão à
procura de asilo no mundo. Este é um exemplo para todos os países”, disse Anne
Marie Landen, representante-adjunta do escritório do ACNUR para a África
Ocidental.
Para a responsável, a
Guiné-Bissau fez mudanças e optou por uma solução durável para os refugiados.
“A Guiné-Bissau é um
pequeno país, mas pensa em grande. É o primeiro da região a assumir este
compromisso”,salientou.
ANG/Lusa
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