Idrissa Djaló
acusa Carlos Gomes Júnior de responsabilidades nos assassinatos durante seu
mandato
Bissau,25 Jan 18 (ANG) - O líder do Partido da
Unidade Nacional (PUN), Idrissa Djaló, acusou terça-feira, Carlos Gomes Júnior de ser
responsável político e moral pelos assassinatos que aconteceram durante a sua
governação e, por isso, deve ser responsabilizado.
Djaló que falava numa conferência de imprensa
realizada na sua residência em Bissau, disse que a chegada de Cadogo Júnior ao
país aconteceu num momento político muito importante.
“Após três anos de luta política contra José Mário
Vaz, o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC e o Partido da Renovação Social
que estavam a governar indevidamente na Guiné-Bissau e que foram derrotados
pelas nossas exigências, aparece Carlos Gomes Júnior como quinta roda de
carroça, elemento de apoio a esse grupo”, sublinhou.
Aquele
político disse não ter dúvida sobre qual o papel de Cadogo Júnior, porque desde
que chegou ao país até ao dia 22 de Janeiro, o grupo dos 15 deputados expulsos
do PAIGC e PRS, revelaram claramente que o objetivo da vinda do antigo ex-Primeiro-ministro
é de fazer política, um direito, que reconhece, e que lhe assiste enquanto
guineense.
Djaló acrescentou que o mais terrível é ouvir o
porta-voz dos militares que deram-lhe golpe em 2012, Fernando Vaz, fazer
elogios a Carlos Gomes Júnior.
Disse não compreender porque é que as pessoas que
foram vítimas por defenderem a legalidade democrática, a vontade do povo estão hoje a compactuar com indivíduos que
orquestraram a subversão da ordem democrática.
“Actuais dirigentes do grupo dos 15 deputados
expulsos do PAIGC, do PRS, incluindo Carlos Gomes Júnior e José Mário Vaz,
destruíram a vida de todos os guineenses, introduzindo corrupção no sistema
político do país e fizeram parte, várias vezes, na subversão da ordem
constitucional, gozando assim com a vontade popular, apropriando-se do bem
público para comprar apartamentos no estrangeiro”, acusou Idrissa Djaló.
Por outro lado, o Presidente do Partido da Unidade
Nacional [sem expressão parlamentar], exortou a classe castrense no
sentido de continuarem equidistantes aos assuntos políticos do país, porque,
segundo o político, chegou a hora de desmascarar o grupo dos políticos que anda
a criar complicação no país e defraudar a expetativa do povo guineense há
muitos anos.
Carlos Gomes Júnior, ex-Primeiro-Ministro, que
acaba de reressar ao país após cinco anos de exílio em Portugal, foi afastado
do poder em Abril de 2012 na sequência de um golpe militar.
Durante o seu mandato ocorreram os assassínios do
ex-presidente João Bernardo Vieira “Nino”, Tagme na Waie, ex-Chefe de
Estado-maior general das Forças Armadas, Baciro Dabó e Helder Proença, ambos
ex-dirigentes do PAIGC.
ANG/O Democrata
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