Ministério Público reitera medida de prisão para Lula da Silva
Bissau, 06 Mar 18 (ANG) – O Ministério Público brasileiro
reiterou hoje o pedido de prisão do ex-Presidente Lula da Silva, uma vez
julgado o recurso entreposto, em segunda instância, contra prisão de 12 anos,
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“O
Ministério Público requere que, assim que o embargo das declarações seja
ultrapassado”, se dê “inicio ao cumprimento das penalidades”, disse o a
entidade numa nota hoje enviada ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.
Em
Janeiro, três magistrados do Tribunal Regional aumentaram de nove para 12 anos
de prisão a sentença atribuída a Lula da Silva.
A 20 de
Fevereiro, a defesa do ex-presidente apresentou os embargos de declaração, que
não podem modificar a sentença ditada, uma vez que foi atribuída por
unanimidade, mas solicitam esclarecimentos sobre a decisão.
Uma
decisão preventiva do Supremo Tribunal, tomada em 2016, permite que uma
sentença comece a ser aplicada quando todos os recursos forem concluídos em
segunda instância, mesmo quando existe a possibilidade de outros recursos em
instâncias superiores.
Neste
sentido, o Ministério Público defende que a sentença contra o ex-Presidente
deve manter-se, embora seja favorável à correcção de “dois erros materiais” da
acusação.
Além do
risco de prisão, a condenação de segunda instância imposta a Lula da Silva pode
impedi-lo de concorrer nas próximas presidenciais do Brasil, que acontecem em
Outubro, embora Lula tenha sido lançado pré-candidato pelo Partido dos
Trabalhadores (PT) e lidere as sondagens no país.
ANG/Inforpress/LusaBrasil
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