FMI considera
satisfatória implementação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado
Bissau,04
Abr 18(ANG) – Uma missão do Fundo Monetário Internacional(FMI) que esteve no
país de 21 de Março à 3 de Abril, para a
quinta avaliação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado(FCA), considerou
de satisfatória a implementação do referido programa pelas autoridades
guineenses.
De
acordo com o comunicado do FMI enviado à ANG, a missão chefiada por Tobias
Rasmussen analisou com as autoridades aspectos ligados as políticas económicas
necessárias para concluir a quinta avaliação da Facilidade de Crédito Alargado
e o pedido para prorrogação do referido programa por mais um ano.
“A
implementação do programa foi satisfatória. Todos os critérios quantitativos de
desempenho e metas indicativas para a quinta avaliação foram cumpridos e as
reformas estruturais estão a avançar, embora com algum atraso em alguns casos”,
declarou Tobias Rasmussen.
O
chefe da missão do Corpo Técnico do FMI disse que saudaram o compromisso continuado
das autoridades com o programa e seus objectivos de consolidação da
estabilidade macroeconómica e promoção de reformas estruturais para apoiar um
crescimento económico forte e amplo.
“A
actividade económica manteve-se dinâmica, suportada pelos elevados preços de
caju, pelo aumento do investimento e gestão económica prudente. Estima-se em
5,9 por cento o crescimento real do Produto Interno Bruto(PIB)”, explicou.
A
missão informou ainda que, além disso, como as receitas do governo cresceram
fortemente e as despesas foram contidas, o défice orçamental total, na base de
compromissos diminuiu drasticamente de 4,7 do PIB em 2016 para 1,5 em 2017”, acrescentando contudo que a extensão do
crédito tem sido moderada, com altos níveis de crédito malparado e desafios
persistentes decorrentes do anulado resgate bancário de 2015.
“As
perpectivas económicas são amplamente positivas. Uma expansão planeada de
investimento público deve ajudar a colmatar lacunas na infraestrutura
essencial, incluindo no fornecimento de electricidade. Ao mesmo tempo os termos
das condições do comércio da Guiné-Bissau deterioraram-se com preços mais altos
nas importações de petróleo e parecendo as perspectivas para as exportações de
caju menos favoráveis do que no ano passado”, frisou o chefa da missão do FMI.
Referiu
que, além disso, maior tensão política desde a queda do governo em Janeiro,
caso persista, prejudicaria a implementação de políticas e afetaria
negativamente o clima de negócios.
Segundo
Tobias Rasmussen, para ajudar a garantir a continuidade das tendências
económicas positivas, será importante reforçar o progresso feito na gestão
económica rigorosa.
“O
aumento do investimento exigirá uma estreita coordenação entre as entidades
envolvidas e uma melhor integração nos processos orçamentais. A manutenção de
um sector financeiro sólido, a luz do alto nível de crédito mal-parado exige um
fortalecimento da supervisão bancária e da aplicação das normas prudenciais”,
aconselhou o chefe da missão do FMI.
Segundo
Rasmussen, o acordo para um novo crédito está sujeito à aprovação do Conselho de Administração
do FMI que em Junho de 2018 deverá analisar o relatório da quinta avaliação da Facilidade
de Crédito Alargado e a prorrogação do programa.
E se tudo ficar aprovado serão
disponibilizados à Guiné-Bissau um total de 3.28 milhões de Euros em
tranches.
ANG/ÂC/SG
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