quarta-feira, 4 de abril de 2018

Economia


 FMI considera satisfatória implementação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado

Bissau,04 Abr 18(ANG) – Uma missão do Fundo Monetário Internacional(FMI) que esteve no país de 21 de Março à 3 de Abril,  para a quinta avaliação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado(FCA), considerou de satisfatória a implementação do referido programa pelas autoridades guineenses.

De acordo com o comunicado do FMI enviado à ANG, a missão chefiada por Tobias Rasmussen analisou com as autoridades aspectos ligados as políticas económicas necessárias para concluir a quinta avaliação da Facilidade de Crédito Alargado e o pedido para prorrogação do referido programa por mais um ano.

“A implementação do programa foi satisfatória. Todos os critérios quantitativos de desempenho e metas indicativas para a quinta avaliação foram cumpridos e as reformas estruturais estão a avançar, embora com algum atraso em alguns casos”, declarou Tobias Rasmussen.

O chefe da missão do Corpo Técnico do FMI disse que saudaram o compromisso continuado das autoridades com o programa e seus objectivos de consolidação da estabilidade macroeconómica e promoção de reformas estruturais para apoiar um crescimento económico forte e amplo.

“A actividade económica manteve-se dinâmica, suportada pelos elevados preços de caju, pelo aumento do investimento e gestão económica prudente. Estima-se em 5,9 por cento o crescimento real do Produto Interno Bruto(PIB)”, explicou.

A missão informou ainda que, além disso, como as receitas do governo cresceram fortemente e as despesas foram contidas, o défice orçamental total, na base de compromissos diminuiu drasticamente de 4,7 do PIB  em 2016 para 1,5 em 2017”,  acrescentando contudo que a extensão do crédito tem sido moderada, com altos níveis de crédito malparado e desafios persistentes decorrentes do anulado resgate bancário de 2015.

“As perpectivas económicas são amplamente positivas. Uma expansão planeada de investimento público deve ajudar a colmatar lacunas na infraestrutura essencial, incluindo no fornecimento de electricidade. Ao mesmo tempo os termos das condições do comércio da Guiné-Bissau deterioraram-se com preços mais altos nas importações de petróleo e parecendo as perspectivas para as exportações de caju menos favoráveis do que no ano passado”, frisou o chefa da missão do FMI.

Referiu que, além disso, maior tensão política desde a queda do governo em Janeiro, caso persista, prejudicaria a implementação de políticas e afetaria negativamente o clima de negócios.

Segundo Tobias Rasmussen, para ajudar a garantir a continuidade das tendências económicas positivas, será importante reforçar o progresso feito na gestão económica rigorosa. 

“O aumento do investimento exigirá uma estreita coordenação entre as entidades envolvidas e uma melhor integração nos processos orçamentais. A manutenção de um sector financeiro sólido, a luz do alto nível de crédito mal-parado exige um fortalecimento da supervisão bancária e da aplicação das normas prudenciais”, aconselhou o chefe da missão do FMI.

Segundo Rasmussen, o acordo para um novo crédito  está sujeito à aprovação do Conselho de Administração do FMI que em Junho de 2018 deverá analisar  o relatório da quinta avaliação da Facilidade de Crédito Alargado e a prorrogação do programa.
 E se tudo ficar aprovado serão disponibilizados à Guiné-Bissau um total de 3.28 milhões de Euros em tranches. 

  ANG/ÂC/SG



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