“Necessidades urgentes dos produtores motivaram
liberalização do preço”, diz Presidente da ANAG
Bissau, 04 Mai 18
(ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG) defendeu
hoje que as necessidades urgentes dos produtores em colmatar algumas
dificuldades estão por detrás do acordo alcançado entre actores da fileira de
cajú para a liberalização do seu preço.
Presidente da ANAG |
“As necessidades de
alimentação familiar, doença, pagamento das limpezas dos pomares e outros
obrigaram os produtores a recorrerem ao mercado negro para venderem as suas
castanhas”, revelou Jaime Boles Gomes em entrevista exclusiva à ANG.
“Alguns produtores já vinham procedendo a
venda da castanha à 500 francos CFA , o
quilo, disse acrescentando que a sua
concordância ao acordo veio na sequência
de gritos de socorro por parte dos produtores.
Alguns produtores não
hesitaram em discordar com o acordo referido por Jaime Boles, na medida que, a
partida, retira a possibilidade das negociações entre produtores e
compradores para a compra da castanha partissem de 1000 fcfa .
A compra da castanha
a mil francos foi anunciado pelo chefe de estado em Março, mas desde então os
empresários tanto nacionais como estrangeiros recusaram comprar o produto à
esse preço por o considerar elevado.
O presidente da ANAG
afirmou que decidiu subscrever a
decisão do governo e operadores da fileira de cajú de não considerar 1000 fcfa
como preço obrigatório mas sim indicativo para a compra e venda deste produto,
após uma reunião tida recentemente com os seus associados vindos de todas as
regiões, onde apelaram ao Estado no sentido de imprimir maior dinâmica a
campanha de modo a resolver o bloqueio que se traduzia na recusa da compra da
castanha.
“Os produtores
optaram por estratégias que melhor
possam solucionar tal bloqueio, para
evitar o pior , tanto para as populações como para o cofre do estado.” disse.
Afirmou que no
referido encontro os produtores pediram ao governo para procurar os compradores
da castanha no exterior e inteirar-se da organização dos operadores nacionais a
fim de trabalharem em estreita ligação.
ANG/JD/ÂC/SG
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