quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Diáspora


            Cidadãos confiantes na realização do escrutínio na data prevista

Bissau,09 Ago 18 (ANG) – Os cidadãos guineenses residentes em Portugal acreditam que as legislativas terão lugar na data prevista, 18 de novembro do ano em curso. 

Segundo à DW-África, Celeste Sanhá, imigrante guineense em Portugal, disse ter grandes expectativas para as legislativas de novembro. 

"Acho que vai ser diferente. Com a ajuda da comunidade internacional, espero que sim".
Celeste  Sanhá vive há 13 anos em Portugal, muito por causa das crises políticas na Guiné-Bissau. Olha para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro na sua terra natal com uma "expectativa de mudança, para que os guineenses abram os olhos, para saberem diferenciar as coisas".

Segundo ela, já foram muitos enganados e acha que desta vez vai mudar muita coisa e que não é a única a acreditar que, apesar das dificuldades no processo eleitoral, a votação terá lugar na data prevista. 

Mama Embaló, há 30 anos em Portugal, também está confiante quanto à realização das eleições a 18 de novembro: "Espero que seja assim mesmo, porque o nosso Presidente e o primeiro-ministro já deram esse aviso, de forma vincada, de que as eleições vão ser mesmo no dia 18 de novembro. E eu penso que é a única data para os guineenses irem às urnas".

Mama Embaló espera também mudança. E acredita que o país viverá dias melhores, longe dos tempos de crise política. Nesta votação, acrescenta, os políticos devem dar provas de maturidade e honestidade em benefício do povo guineense e  "o povo deve saber fazer uma boa escolha".

 "Não vamos apostar naqueles que já têm mãos sujas. Espero que as eleições sejam bem feitas e transparentes", diz Mama Embaló. 

Baba Kanuté, que foi cantor da lendária Orquestra Super Mama Djombo, está igualmente expectante, mas vê o cenário eleitoral com prudência. "Marcaram essa data, ela é bem-vinda para nós, porque, se não houver eleições na Guiné-Bissau nessa altura, será uma confusão outra vez", considera.

Ainda assim, admite ter algum receio, já que "pode aparecer outra surpresa que ninguém espera”. "Ninguém deseja isso para nós”, sublinha. "Seja quem for que ganhe democraticamente, o povo vai seguir com ele, porque a Guiné-Bissau sofreu muito. Não queremos sofrer mais".

Camila Dabó, há cerca de 17 anos em Portugal, espera por eleições modernas e que não volte a acontecer o que aconteceu no passado na Guiné-Bissau: "Que seja diferente e que esses novos partidos saibam ouvir os jovens também. Não é só dizer que os jovens são o futuro e não os ouvir". ANG/DW-África

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