quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Política


Líder do PAIGC apela empenho de todos para realização de eleições à 18 de novembro

Bissau,05 set 18 (ANG) - O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde afirmou que todos os partidos políticos deveriam comprometer-se em trabalhar para a criação de condições para a realizações das eleições na data marcada.

“Em vez de estarmos empenhados a tentar encontrar como responsabilizarmo-nos uns aos outros, como tirar o proveito desta situação, todos nós atores políticos, deveríamos sentir-nos responsáveis pela situação”, disse Domingos Simões Pereira em entrevista concedida ao jornal “O Democrata”.

O líder do PAIGC sublinhou que não há aqui mais responsáveis ou menos responsáveis. Há sim, uma situação de impasse que foi criada de forma desnecessária.

“Uma crise completamente absurda, insisto em dizer isso. A retoma da normalidade passa pela devolução da palavra ao povo, para a escolha dos legítimos representantes, o que deve ser uma responsabilidade de todos e todas as entidades políticas nacionais”, considerou.

O Presidente dos libertadores disse que continuará a dar o seu apoio para que a data marcada se concretize, acrescentando que  até que as entidades competentes confirmem a sua impossibilidade, continuará a acreditar em como 18 de novembro será o dia em que se realizarão as eleições.
 
“Mas, eu não tenho estado no terreno…tenho recebido algumas poucas informações. Mas assim que voltar, vou estar na posse de mais informações e melhor posicionado para avaliar”, prometeu. 

Domingos Simões Pereira disse que aquilo que lhe parece evidente é que existem entidades que acham ter o direito de simplesmente exigir e pensam que vão poder aproveitar de qualquer desvio no cumprimento deste prazo para benefício próprio. Salienta que isto inclui gente que provocou o próprio quadro de bloqueio e a crise institucional que se viveu este tempo todo. 

O líder do PAIGC disse acreditar na realização das eleições na data marcada, salientando que a Constituição da República fixa um prazo de 90 dias na eventualidade da queda do Governo e a necessidade de realizar eleições antecipadas. 

Perguntado sobre as dificuldades financeiras e técnicas com que se depara o Governo na preparação das eleições, Domingos Simões Pereira, afirmou que não há alternativa à realizações das eleições, elas são, na democracia, o momento em que o povo tem o direito de escolher os seus legítimos representantes. 

“A democracia é o poder do povo. Ela consubstancia-se, primeiro, na realização das eleições e depois no exercício democrático por parte das instituições”, explicou.

Domingos Simões Pereira salientou que é verdade que estamos habituados ao apoio da comunidade internacional para a criação de condições e pressupostos para que essa ida a urna possa acontecer, acrescentando que é muito bom e é legítimo esperar que este apoio possa permitir a criação de todas essas condições.

“É muito bom e é legítimo esperar que este apoio possa permitir a criação de todas essas condições. Mas a grande verdade é que a responsabilidade da realização das eleições deve ser uma questão fundamentalmente nacional. Por isso, exorto ao governo, em particular ao Primeiro-ministro, que redobre os esforços no sentido de se fixar e concentrar-se quase que exclusivamente nessa missão. Não há outra prioridade que deve sobrepor-se à preparação das eleições”, vincou o líder do PAIGC.

Domingos Simões Pereira está ausente do país mas fontes do PAIGC anunciaram que regressa à Bissau na sexta-feira, dia 7.ANG/ÃC//SG






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