Primeiro-ministro
propõe criação de um fundo para bolsas de estudo e emprego juvenil
Bissau, 21 Nov 18 (ANG) – O
Primeiro-ministro propõe segunda-feira a
criação de um fundo sustentável e bancável destinado a suportar a criação de
bolsas de estudo, emprego e empreendedorismo para jovens e mulheres guineenses.
Aristides Gomes que discursa
na abertura do atelier de Divulgação do Quadro Jurídico Aplicável aos Sistemas
Financeiros Descentralizados disse estar convicto de que o referido desafio vai
dar origem à propostas e projectos capazes de fazer chegar o microcrédito à
todos os agentes económicos e sociais que deles necessitam.
“Pretendo com isso dar
relevância a este sector de actividade económica útil para a sociedade
guineense, que no futuro próximo poderá ocupar um lugar chave, devido ao seu
elevado potencial”, disse o chefe do executivo.
Aristides Gomes afirmou que
a intermediação financeira em torno de uso efectivo da inclusão financeira como
um instrumento poderoso e necessário no combate a pobreza é imprescindível para
a expansão e aumento da produtividade na Guiné-Bissau.
“Isto porque, o uso deste
instrumento económico e financeiro, permitirá, entre outros, a expansão da força
produtiva nacional através do crescimento da participação dos agentes
económicos, desta feita, envolvendo a camada da população mais vulnerável e
excluída dos serviços financeiros dos bancos clássicos”, sustentou o Aristides
Gomes.
Segundo o chefe do governo,
é de conhecimento de todos, que o sector de Microfinanças na zona da União
Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) conheceu um desenvolvimento ímpar
durante as duas últimas décadas.
Por seu turno, a Directora-geral
da Agência de Supervisão de Actividades de Poupança e Microcrédito, Mussuba
Canté, disse que o objectivo do ateliê visa diversificar a paisagem financeira
da UEMOA, envolvendo todos os autores de sector do microcrédito.
“Acredito que a inclusão
financeira, particularmente o microcrédito, pode permitir que em cada tabanca
da Guiné-Bissau os seus habitantes possam ter nova oportunidade para uma vida
melhor”, sustentou.
Mussuba Canté
acrescentou que o sector não exige
muitas despesas financeiras, salientando que é só uma questão de o governo se empenhar
e investir, para mais tarde beneficiar no fruto do seu retorno, e que o seu impacto, não só é válido ao nível
económico mas também ao nível social.
“ Se a inclusão financeira,
particularmente o microcrédito, funciona muito bem em outros países, porque não
na Guiné-Bissau”, questionou, tendo de seguida perguntado sobre o que falta
para dinamizar o sector no país.
Afirmou que existem pessoas
capacitadas para o efeito, e que o país
tem leis comparadas a de outros países da União.
Aquela responsável, disse
que os 5 dias do ateliê servirão justamente para os técnicos envolvidos no
sector analisarem profundamente o que deve ser feito para colmatar a
problemática do microcrédito. ANG/LLA/ÂC//SG
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