Director Geral da INACEP protesta “exclusão”
da empresa na produção de Cadernos Eleitorais
Bissau,25
Jan 19(ANG) – O Director-geral da Imprensa Nacional(INACEP), Empresa Pública, protestou
ontem o que considera de “exclusão” da
empresa na produção de cadernos eleitorais, visando eleições legislativas de 10
de Março próximo .
“A
Inacep, enquanto Imprensa pública nacional avançou com uma proposta para a
produção de cadernos eleitorais como tem acontecido nas eleições legislativas e
presidenciais de 2014 conforme a lei”, disse hoje Vladimir Djomel em conferência
de imprensa.
Aquele
responsável alegou que a Inacep foi criada com o estatuto especial de
confeccionar, em termos gráficos, todos os trabalhos do Estado da Guiné-Bissau.
“Foi
nesse quadro que desde que o processo eleitoral iniciou no país esta
instituição foi sempre responsável pela produção de cadernos eleitorais”, sustentou.
Vladimir Djomel salientou que foram convidados
pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo
Eleitoral(GTAPE) a apresentar uma proposta visando a produção de cadernos
eleitorais, acrescentando que a sua instituição apresentou as condições
necessárias para o efeito.
“Enviamos
a nossa proposta partindo da experiencia nas eleições de 2014 com uma factura
na ordem de pouco mais de 57 milhões de francos CFA para a impressão de 55 mil
exemplares necessários, de acordo com o número de cidadãos inscritos nos cadernos
eleitorais”, disse.
O
Director Geral da Inacep disse que tiveram informações de que a empresa “360 V2”,
apresentou uma proposta visando imprimir 50 mil exemplares de lista de
recenseados no valor de 72 milhões de francos CFA, ou seja, montante muito
superior ao valor apresentado pela Inacep.
“A
Incaep apresentou a sua proposta baseando na lei porque o Suplemento do Boletim
Oficial número 31 do dia 7 de Agosto de
1978 e o decreto 22/78 e artigo número 4 ponto 2, alíneas a e b, determina que todos os trabalhos do Estado devem ser
feitas pela Inacep e na eventualidade de não poder executa-los deve solicitar
aos seus parceiros, nomeadamente a Casa de Moeda de Portugal e outras
instituições estatais de outros países”,referiu.
Vladimir
Djomel disse não compreender a decisão do GTAPE
de atribuir a confecção dos cadernos eleitorais à empresa 360 V2, sem
uma comunicação prévia à outra empresa
concorrente, neste caso a Inacep.
“Temos
ainda informações de que a empresa 360 V2 tem ainda propostas adicionais de 30
milhões de fcfa para a realização do mesmo trabalho porque irá dar emprestado as suas máquinas de impressão ao GTAPE”, revelou.
O
Director Geral da Inacep promete avançar já amanhã, sexta-feira com uma
providencia cautelar para impugnar o referido processo.
A
ANG soube que 360 V2 é uma empresa privada de que é sócio gerente o antigo
Director-geral da Inacep, Victor Cassamá.
ANG/AC//SG
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