Bissau,01 Mar 19 (ANG) - O líder do Partido da Nova
Democracia (PND), Iaia Djaló, defendeu quinta-feira uma forte aposta no setor
produtivo e na justiça para desenvolver
a educação e a saúde e captar investimento externo para o país.
"Elegemos
como prioridade das prioridades o setor da saúde e o da educação. Tem de haver muitas reformas
nestes dois setores mas, para que possamos sustentar esses dois setores, é
preciso trabalhar no setor produtivo, na área da agricultura", afirmou
Iaia Djaló, atual ministro da Justiça
guineense.
O Partido
Nova Democracia é um dos 21 candidatos às eleições legislativas de 10 de Março e concorre em 27 dos 29 círculos eleitorais
do país.
Segundo o
líder do PND, é preciso apostar na industrialização e transformação dos
produtos agrícolas, no turismo e na área das pescas para que possam ser
produtivos, trazer dinheiro para o país e suportarem os encargos com a saúde e educação.
"Estes
são os grandes propósitos do PND, mas como no país há tudo por fazer temos de
apostar no setor da justiça, para que, quem quiser investir na Guiné-Bissau, na
área do turismo, nas pescas, na agricultura ou na indústria tenha segurança
jurídica, para que, em caso de conflito, a justiça seja feita", salientou.
Para Iaia
Djaló, cujo partido elegeu um deputado nas eleições legislativas de 2014, sem
uma justiça "séria", o país não consegue criar riqueza.
"É
um setor fundamental para que possamos ter todos aqueles setores que mencionei
a funcionar", afirmou, salientando que é preciso combater a corrupção.
O último
relatório do índice de corrupção da Transparência Internacional classifica a
Guiné-Bissau como um dos países mais corruptos do mundo.
"Se
formos ver nestas eleições há muito material de campanha, há muito dinheiro que
ninguém sabe da sua proveniência. As escolas não funcionam, a saúde não
funciona, mas como é que este dinheiro, milhões de francos cfa, é gasto para
que alguém possa ganhar as eleições, é porque está a comprar consciências",
questionou o candidato.
O líder
do PND lembrou que a "compra de consciências também é crime" e que a
justiça do país tem de atuar.
Aos
guineenses, Iaia Djaló, disse que está a pedir para não votarem no tribalismo,
no regionalismo ou nas tendências
étnicas.
"Isso
não vai ajudar para a unificação do país. Este país tem de ser forte e unido e
temos de ter uma Nação coesa", afirmou.
O PND é
um dos poucos partidos concorrentes às legislativas da Guiné-Bissau que cumpriu
a lei da paridade em todos os círculos eleitores a que concorre.
Iaia
Djaló disse que não é uma "novidade", porque são um partido
maioritariamente de mulheres e jovens.
O PND é
uma das formações políticas que assinou um acordo político de compromisso pré e
pós-eleitoral com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), Partido da Convergência Democrática, Partido da Unidade Nacional e
União para a Mudança. ANG/Lusa
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