"José Mário Vaz não trabalhou para
garantir o bom das instituições” , diz Fernando Jorge d'Almada
Bissau, 19
mar 19 (ANG) - O chefe de Divisão dos Assuntos Sociais na Direcção dos Assuntos
Humanitários e Sociais da CEDEAO, igualmente candidato às primárias no Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), disse que o José Mário
Vaz não pautou pela responsabilidade que incumbe ao Presidente da República, de
garantir o bom funcionamento das instituições.
imagem de Arquivo |
Em entrevista conjunta à ANG e ao Jornal Nô
Pintcha, Fernando Jorge d'Almada acrescentou que o chefe do Estado não soube
granjear, em seu proveito e evidentemente em prol do povo da Guiné-Bissau, a
esperança depositada na sua pessoa como Presidente de Republica.
Por isso, o aconselha a seguir o exemplo do
ex-Presidente francês, François Hollande, que não tinha condições de ir para as
eleições presidenciais de 2016, na França, e renunciou a ser candidato para
renovar o seu mandato e “ficou na história como presidente de um único mandato,
mas com dignidade”.
"E por
tudo isto, penso que o actual chefe de Estado não deve pensar em renovar o seu
mandato como Presidente da República. Acho que ele próprio criou condições para
não ter condições de ir diante do povo para pedir que seja, de novo, eleito
Presidente da República,", disse Fernando Jorge d'Almada.
Perguntado se
irá concorrer as presidenciais como independente caso perca as primárias no
PAIGC, afirmou que não pode haver situações para uma candidatura independente
da sua parte. Vai apoiar o candidato que o partido escolher, alegando a
obrigação de respeitar a regra do jogo e a disciplina partidária.
"Sou
suficientemente maduro na política para democraticamente aceitar o vencedor e
trabalhar com ele, com vista a sua eleição nas presidenciais", frisou.
Por outro
lado, disse que não participou nas primárias do PAIGC em 2014 porque não reunia
condições primordiais, ou seja, não tinha a autorização do presidente da
instituição onde trabalha para poder fazer política.
Disse ainda
que se for eleito ao cargo do Presidente da República, vai pautar pela paz,
estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau, porque sem estes elementos não haverá
pessoas que queiram investir no país.
Promete uma
revolução das modalidades, para disciplinar as pessoas, fazendo com que as
pessoas trabalhem mais ganhando mais.
Fernando
Jorge prometeu igualmente, combater sem tréguas à corrupção que gangrena a sociedade
e ao mesmo tempo combaterá os que considera de “políticos sem escrúpulos” que diz constituir
a maioria.
"Devemos
ter a visão do desenvolvimento e pensar na construção do nosso país. Criar
infraestruturas sociais e económicos tais como hospitais, escolas e habitações,
estradas e pontes. Tomaremos um pacote de medidas que vão valorizar o homem
guineense, o trabalhador, o funcionário, os jovens recém-formados e assim,
gradualmente, vamos imprimir mudanças em todas as esferas da vida social e
nacional”, garantiu o político.
ANG/DMG/LPG/SG
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