Patrice Trovoada
sob investigação
Bissau, 06 mar 19 (ANG) - O parlamento são-tomense
criou uma comissão de inquérito para investigar acusações que apontam uma
ligação entre antigo primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e o golpe de Estado
de 2003.
A comissão vai ser composta por nove membros; quatro
do MLSTP-PSD, quatro do Acção Democrática Independente (ADI) e um indicado pela
coligação PCD-UDD-MDFM.
Segundo o líder parlamentar do MLSTP-PSD, Amaro
Couto, "o presidente da Assembleia Nacional vai pedir a cada grupo
parlamentar que aponte nomes para integrar a comissão de inquérito".
Em Agosto de 2017, Plácido Lopes Rodrigues, conhecido
como Peter Lopes, operacional do antigo membro do batalhão Búfalo da África do
Sul, publicou um vídeo no qual acusa o antigo primeiro-ministro Patrice
Trovoada de estar envolvido no golpe de Estado de 2003.
Além do vídeo Peter Lopes endereça uma carta ao
Procurador-geral da República onde denuncia o facto de, alegadamente, o antigo
primeiro-ministro ter dado ordens para assassinar os antigos Presidentes Manuel
Pinto da Costa e Fradique de Menezes. No mesmo documento, o antigo membro do
batalhão Búfalo da África do Sul manifesta disponibilidade em colaborar com a
justiça no sentido de apresentar provas relativamente a estas denúncias feitas.
No entanto, o Procurador da República, Kelve Nobre de
Carvalho, esclarece que o Ministério Público não tem foram de abrir um processo,
uma vez que, o antigo Presidente Fradique de Menezes "concedeu um
indulto presidencial a todos os envolvidos".
Poderia haver um asterisco neste caso aponta o jurista
Amaro Couto, "dar ordens para assassinar um cidadão não pode ser
abrangido por uma lei de amnistia".
A comissão de inquérito para investigar tem agora 45
dias para concluir as investigações.
ANG/RFI
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