Boeing reconhece defeitos no software do
simulador de voo do 737 MAX
Bissau,
20 mai 19 (ANG) - O fabricante americano
de aviões Boeing admitiu no sábado que teve de corrigir falhas no software dos
simuladores de voo destinados a formar os pilotos do 737 MAX, o modelo de
aeronave envolvido em duas tragédias que deixaram mais de 300 mortos.
"A Boeing fez correcções no software
do simulador de voo do 737 MAX e deu informações complementares aos operadores
da aeronave para se assegurar de que a experiência no simulador seja
representativa das diferentes condições de voo", afirmou a companhia em um
comunicado.
A Boeing não especificou a data, em que observou os
defeitos do programa, nem se havia informado os reguladores do setor a esse
respeito.
Segundo a empresa, o software usado nos simuladores
era incapaz de reproduzir algumas condições de voo - em especial, aquelas que
levaram ao acidente do 737 MAX da Ethiopian Airlines, em 10 de Março passado,
em Adis Abeba, apenas alguns minutos depois da descolagem que provocaram 157
mortos.
As mudanças feitas vão melhorar a formação dos
pilotos, afirmou a companhia.
"A Boeing está trabalhando estreitamente com os
fabricantes do sistema e com os reguladores nestas modificações e em melhorias
para garantir que a formação (dos pilotos) por parte (das empresas) clientes
não seja perturbada", acrescentou o grupo.
Cliente de peso do 737 MAX, com 34 aparelhos em
serviço, a companhia aérea americana Southwest disse no sábado à AFP que deve
receber um simulador específico do MAX "no fim do ano".
É a primeira vez que a Boeing admite um defeito de
concepção do equipamento do 737 MAX. Esse modelo teve o seu sistema de
estabilização MCAS posto em xeque, após a tragédia da Ethiopian. ANG/Angop
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