Presidente da República diz que o primeiro-ministro vai ser nomeado quando houver entendimento no parlamento
Bissau,10
Mai 19(ANG) – O Presidente da República declarou hoje que ainda não nomeou o novo primeiro-ministro
porque está esperançado num entendimento entre os partidos políticos na
constituição da mesa da Assembleia Nacional Popular.
José
Mário Vaz, em conferência de imprensa realizada no Palácio da República, referiu que o governo
é da emanação da Assembleia Nacional Popular por isso este órgão tem que reunir
todos os requisitos para funcionar em pleno.
“Portanto,
não gostei de ver os problemas começassem logo nos primeiros minutos do
arranque dos trabalhos deste tão importante órgão da soberania”, lamentou,
acrescentando que está a aguardar pelo fim do impasse na constituição da mesa
da ANP, para dar o passo seguinte, que será o de nomear o primeiro-ministro
indicado pelo PAIGC, na qualidade de partido vencedor.
José
Mário Vaz assegurou que não está para violar a Constituição da República, para
confirmar que vai nomear o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, se for a
indicação do partido para o cargo de primeiro-ministro.
Os
deputados da maioria parlamentar chumbaram no passado dia 18 de abril o nome de
Braima Camará, proposto pelo partido Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15)
para ocupar o lugar de segundo vice-presidente da Assembleia Nacional Popular e
sugeriram que esta formação política proponha um outro nome para o lugar.
O
MADEM-G15, por sua vez, recusou preencher o referido lugar com outra pessoa e o chumbo da proposta inicial deixa incompleta
a mesa da Assembleia Nacional Popular, mas com quórum suficiente para presidir
as reuniões parlamentares.
O
Presidente da República sublinhou que no entanto não está a aguardar de braços
cruzados o consenso na ANP para depois empossar o novo primeiro-ministro.
“Nós
africanos estamos habituados, quando houver problemas, recorremos aos conselhos
dos anciões, líderes espirituais, sociedade civil, mulheres facilitadores entre
outras”, explicou.
José
Mário Vaz salientou que já instruiu todas estas organizações para trabalharem
no sentido de conciliar as partes desavindas através de um diálogo franco.
“Se um
partido ganhar não significa que ganhou tudo e se o outro perder não significa
que perdeu tudo. E porquê que não podem sentar a mesma mesa para dialogarem a
fim de encontrar uma solução”, questionou.
Disse que há vozes que afirmam que o Presidente da
República é o culpado pro tudo isso, tendo frisado de que não gostava de voltar
a ver o país mergulhado numa nova crise tendo em conta que não é do seu
interesse porque ao fim ao cabo a responsabilidade cairá sobre a sua cabeça.ANG/ÂC//SG
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