Centrais sindicais suspendem nona vaga de paralisação
Bissau, 08 jul 19 (ANG)
- As duas centrais sindicais do país, a União Nacional dos Trabalhadores da
Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da
Guiné-Bissau (CGSI-GB) suspenderam a greve de 15 dias úteis, projectada para os
dias 08 à 26 do corrente mês, devido a intervenção da nova ministra da Função Pública,
Fatumata Djau Baldé.
Segundo um documento
entregue hoje à ANG, as duas centrais sindicais justificaram a suspensão da
greve com o facto de a ministra ter-se deslocado a sede da UNTG-CS, acompanhada
do Secretário-geral do Ministério da Função Pública pedindo aos sindicalistas para
darem uma moratória para permitir a criação de condições objectivas para instituir
uma Comissão Negocial sobre os pontos constantes no pré-aviso apresentado pelas
duas centrais sindicais.
Na missiva, UNTG e
CGSI-GB apelam a ministra a constituição de uma equipa encarregue de, no prazo
de 15 dias, encetar uma negociação para debruçar sobre os pontos em
revindicação, sobretudo, os tendentes a fazer valer a implementação das leis.
Exortaram ainda a
titular da Função Pública e Modernização do Estado a apresentar uma cronograma
para discussão.
Conforme o documento,
as duas Centrais sindicais se reservam o
direito de voltar a greve, caso os interesses dos servidores públicos não sejam
resolvidos.
Apelam à todos os
associados, em particular, aos servidores públicos e trabalhadores em geral a se
manterem firmes e determinados a volta das suas estruturas sindicais, porquanto
ser o único caminho para obter a dignidade, respeito sócio laboral, em defesa
dos seus interesses legítimo.
As duas centrais reivindicam,
entre outros o pagamento de salário aos funcionários contratados e aumento do
salário mínimo nacional de 50 mil para 100 mil francos CFA.
Seria a nona vez que a
Função Pública observaria greves
seguidas, desta feita para 15 das úteis em vez das de três dias semanais
observadas durante quase dois meses. ANG/LPG/ÂC//SG
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