sexta-feira, 26 de julho de 2019

OMS


“Mais de 200 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo devido à complicações da cirrose hepática”, diz  a diretora-geral

Bissau, 26 jul 19 (ANG) – A Diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Região Africana afirmou que mais de 200 mil pessoas morrem todos os anos devido à complicações relacionadas com a doença como a cirrose hepática e cancro de fígado.

“Apesar da disponibilidade dos meios de diagnóstico e de tratamento, menos de 1 em cada 10 dos 71 milhões de pessoas infectadas com hepatite B e C, em África, têm acesso a diagnóstico”, informou Matshidiso Moeti em mensagem alusiva ao Dia Mundial da Hepatite que se assinala no próximo dia 28 de Julho, sob o  lema "Investir na eliminação da Hepatite".

Segundo uma nota de imprensa da OMS enviada à ANG, o maior fardo da infecção por Hepatite B nas crianças com menos de cinco anos estão nos países onde a dose, à nascença, da vacina da hepatite B conta com uma cobertura insuficiente (abaixo de 90%) da vacina pentavalente de infância.

Matshidiso Moeti disse que o diagnóstico e tratamento como abordagem de saúde pública continua a ser o componente mais negligenciado da resposta, esperando que esta doença possa ser eliminada até 2030, com a afetação de recursos adequados e vontade política.

Afirmou que o financiamento do diagnóstico e tratamento como componentes da Cobertura Universal de Saúde é um investimento eficaz, acrescentando que a OMS felicita o Ruanda e Uganda pela disponibilização, diagnóstico e tratamento da doença gratuitamente.

Convidou ainda aos Estados-membros a se investirem na abordagem de saúde pública para a erradicação da hepatite B e C, em África.

"Os países devem investir na vacinação contra a Hepatite B para todos os recém-nascidos e integrar as intervenções como parte do reforço dos sistemas de saúde. Isto inclui basear-se nas capacidades actuais, nos laboratórios para o VIH e Tuberculose, incorporando a vigilância contra a hepatite no sistema nacional de informação sanitária, e garantir o fornecimento de medicamento e meios de diagnóstico comportáveis", referiu Matshidiso Moeti.

Aquela responsável disse que, para além dos esforços envidados pelos governos e parceiros, a sociedade civil e os que vivem com a hepatite viral devem continuar a desempenhar um papel central na sensibilização da comunidade e dos políticos.

Felicitou a Aliança para a Vacinação, por apoiar a vacinação  à nascença  da hepatite B e o Fundo Global por disponibilizar tratamento para Hepatite C aos pacientes com VIH.

Convidou igualmente aos parceiros e empresas farmacêuticas a reduzirem os custos dos meios de diagnóstico e de tratamento da hepatite B e C.

"Em colaboração com investigadores, podemos explorar coletivamente as formas de simplificar o diagnóstico e tratamento e ainda promover a inovação para curar hepatite B e vacina para a hepatite C", disse.

Prometeu que a OMS irá continuar a apoiar a colaboração entre os Estados-membros, saudando  a proposta feita recentemente pelo Egipto para apoiar o diagnóstico e tratamento da hepatite à um milhão de pessoas, em 14 países africanos.

em Junho deste ano foi realizada a Cimeira Africana sobre a Hepatite em Kampala (Uganda) onde participaram mais de 600 delegados de 32 países.

A Região Africana da OMS vai se juntar à comunidade internacional nas celebrações do Dia Mundial da Hepatite ,no dia 28 de Julho. ANG/DMG/ÂC//SG


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