Carlos
Gomes Júnior anuncia candidatura independente
Bissau,15
Jul 19(ANG) - O antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior anunciou no sábado
que é candidato independente às eleições presidenciais de 24 de novembro.
Disse que
é candidato para "restituir a confiança" aos cidadãos, das
instituições do Estado e ainda a credibilidade internacional do país.
Numa
cerimónia num hotel de Bissau, perante dezenas de apoiantes, na sua maioria
jovens, Carlos Gomes Júnior afirmou que em dezembro próximo completa 70 anos,
mas será já presidente da Guiné-Bissau, por acreditar que será o eleito nas
eleições presidenciais de 24 de novembro.
O antigo
primeiro-ministro disse que "desta vez será diferente", em alusão às
presidenciais de 2012, nas quais foi afastado, através de um golpe de Estado
militar, quando se preparava para disputar a segunda volta do pleito, contra
Kumba Ialá, entretanto já falecido.
Na sua
intervenção, Carlos Gomes Júnior saudou os antigos companheiros de luta
política "por uma Guiné-Bissau melhor", destacando o "líder
carismático Kumba Ialá", de quem disse ter a certeza de que, se estivesse
vivo, estaria naquela sala onde anunciou a sua candidatura à presidência da
República.
"Não
somos inimigos, somos adversários políticos", observou Gomes Júnior,
salientando ter pensado muito durante os anos em que viveu fora do país.
Gomes
Júnior afirmou que chegou mesmo a pensar abandonar a vida política para se
dedicar à sua família, mas, tendo em conta "a situação caótica" da
Guiné-Bissau e os apelos que tem recebido, entendeu que deve retomar a vida
política.
Sobre a
sua candidatura às presidenciais de 24 de novembro, o antigo primeiro-ministro
ressalvou que será "independente, livre, nacional e suprapartidária",
juntando todos os guineenses que "queiram abrir novos horizontes de uma
Guiné-Bissau mais solidária".
Se for
eleito presidente, Carlos Gomes Júnior prometeu ser um chefe de Estado que vai
restaurar a confiança dos cidadãos no país, no Estado de Direito Democrático,
nas instituições, autoridade moral, a credibilidade dos titulares de cargos
públicos, disse.
"O
presidente deve ser um exemplo, uma referência do exercício das suas funções,
agindo sempre com ética e integridade na defesa de interesses nacionais",
sublinhou Gomes Júnior, também conhecido por Cadogo.
"Acreditem
em mim, comigo faremos deste país um grande país", afirmou Cadogo, para
receber palmas e vivas dos seus apoiantes vestidos com 't-shirts' brancas com a
sua esfinge, nas quais se pode ler: "Cadogo Presidente".
ANG/Lusa
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