Sociedade Civil Africana pede aumento de fundos atribuídos
ao sector
Bissau, 29 Jul 19 (ANG)
– Organizações da Sociedade Civil francofona Africana pedem aumento de fundos
atribuídos ao sector de saúde, para reduzir o número de mortos registados todos
anos e provocados por doenças evitáveis.
De acordo com a
Declaração da Sociedade Civil Africana à
favor do Aumento de Fundos Nacionais Atribuídos à Saúde entregue hoje a Agência
de Notícias da Guiné, em 2019 só África representa 24 por cento do peso mundial
da morbidade em saúde, enquanto que o continente tem apenas 16 por cento da
população mundial.
O documento acrescenta
que 70 por cento das pessoas viventes com o VIH estão em África e que 92% dos
casos ou seja 200 milhões de casos e 93% das mortes ou mais de 403 mil óbitos
estão relacionados com a malária e são registados em África Subsaariana.
A nota refere ainda que mais de 25% das mortes
por tuberculose e uma em cada 13 crianças morre antes dos cinco anos também em África
subsaariana, o que torna a África uma região do mundo com maior taxa de
mortalidade de crianças com menos de cinco anos.
Para acelerar a
resposta as epidemias de malária, SIDA e tuberculose e alcançar uma cobertura
universal de saúde em África, as sociedades civil africana apelam aos chefes de
Estado e de Governo a reforçar os sistemas de saúde, incluindo comunitários,
capazes de prestar serviços de cuidados primários de saúde.
Disponibilizar, à tempo,
os fundos de retribuição e de co-financiamento para assegurar a execução e a
continuidade dos programas de luta contra o VIH/SIDA, tuberculose e malária, aumentar o financiamento nacional
atribuído à saúde para a implementação e sustentabilidade das intervenções de
alto impacto, bem como estabelecer conselhos nacionais multissectoriais para o acompanhamento
dos compromissos e mecanismos de responsabilização para uso eficaz dos recursos
de saúde, foram outras recomendações da Sociedade Civil Africana.
O documento indica que
mais de metade da população africana ainda não tem acesso aos serviços de saúde
essenciais, sobretudo nas zonas rurais, e que as crianças, jovens, mulheres e
pessoas vulneráreis pagam o custo mais alto.
“Se nada for feito
agora para aumentar significativamente o investimento interno na saúde, em
breve, perderemos qualquer oportunidade real de pôr fim às epidemias,
comprometendo assim o futuro do nosso continente”, avisa o documento,
justificando o aviso com o rápido crescimento da população, e o necessário investimento para acompanhar o crescimento demográfico”, refere
o documento.
Por outro lado, a
Declaração da Sociedade Civil Africana refere que em 2001 os líderes africanos se
comprometeram, em Abuja, a atribuir 15 por cento do Orçamento de Estado à
saúde, eliminar a SIDA, Tuberculose e a Malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater
a hepatite, bem como as doenças transmitidas pela água e outras doenças em África
até 2030.ANG/LPG/ÂC//SG
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