São Tomé e Malabo assinam acordo para exploração de petróleo e gás
Bissau, 22 ago 19 (ANG) - São Tomé - São
Tomé e Príncipe e a Guiné Equatorial assinaram, em Malabo, um memorando para a
promoção conjunta dos blocos de petróleo e gás existentes na zona fronteiriça
entre os dois países, anunciou quarta-feira a Lusa o presidente são-tomense,
Evaristo Carvalho.
"Acho que as relações saem bem reforçadas. Depois das
negociações, assinámos alguns acordos e protocolos, principalmente no domínio
de exploração conjunta dos recursos marítimos dentro das nossas zonas, o que
pode, de facto, vir a alavancar a nossa situação em termos económicos e
financeiros", disse o chefe de Estado são-tomense.
O presidente de São Tomé e Príncipe, que esteve em visita
oficial de oito dias a Guiné Equatorial, sublinhou que a assinatura do
memorando na área do petróleo e gás "pode alavancar a economia" do
seu país, que enfrenta uma grave crise financeira e uma dívida externa
considerada "descontrolada" pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O documento foi assinado pelo ministro são-tomense das Obras
Publicas, Infra-estruturas e Recursos Naturais e Energia, Osvaldo Abreu, e o
ministro das minas e hidrocarbonetos da Guiné Equatorial, Evaristo Carvalho.
Os dois países assinaram também um acordo no domínio da
concessão de um crédito no valor superior a 1,5 milhões de dólares para
investimentos no país e outro no domínio de consultas diplomáticas entre os
dois países.
Outro documento assinado durante a visita do Presidente
são-tomense à Guiné Equatorial prende-se com as ligações aéreas entre os dois
países.
As companhias aéreas de São Tomé e Príncipe, STP Airways, e da
Guiné Equatorial, Ceiba, assinaram um acordo para assegurar as ligações
domésticas e internacionais do arquipélago.
O presidente são-tomense fez um "balanço altamente
positivo" da sua visita à Guiné Equatorial, considerando que "as
portas estão abertas” para “um grande impulso nas relações de cooperação entre
os dois países”.
O Presidente equato-guineense, por ocasião da assinatura do
memorando com São Tomé e Príncipe, manifestou o seu desejo em "garantir a
independência conquistada para evitar” manipulações, segundo citação a que a
Lusa teve acesso.
"Temos que ser fortes e não permitir que outros venham a
resolver os nossos problemas", sublinhou então Teodoro Obiang Ngume
Basogo. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário