Ministra
promete combate ao nepotismo e implementação de todos os diplomas laborais
Bissau,29 Ago 19(ANG) – A
ministra da Administração Pública e Modernização do Estado promete combater o
nepotismo no aparelho de Estado e implementação de todos os diplomas laborais.
Fatumata Djau Baldé em
entrevista exclusiva à ANG, sublinhou que irão combater sem tréguas o
favoritismo no emprego por laços familiares, amiguismos ou filiação partidária,
passando doravante o ingresso na administração pública a ser através de
concurso público.
A governante disse que existem
também leis internacionais das organizações de que a Guiné-Bissau é membro,
casos da UEMOA e CEDEAO, que devem ser adaptadas a realidade do país.
“Por exemplo, hoje, por causa
da livre circulação de pessoas e bens, temos muitas empresas a nível nacional
que recrutam trabalhadores estrangeiros para virem trabalhar no país e no
quadro da UEMOA diz que tanto os nacionais como estrangeiros devem auferir dos
mesmos salários, já que desempenham as mesmas funções. Mas isto não está a ser
verificado na Guiné-Bissau”, lamentou.
Fatumata Djau Baldé citou
casos dos Bancos Comerciais, das companhias de telecomunicações entre outros
que trazem funcionários expatriados que
são pagos com diferenças salariais muito
grande em relação aos trabalhadores nacionais.
Disse que tudo isso constitui
um conjunto de trabalho que está a fazer
para que as referidas empresas possam conformar as suas acções com os diplomas
internacionais existentes.
Afirmou que pretende definir
uma política de harmonização ou
estabilização da massa salarial dos funcionários, por exemplo, que estão nos bancos
em mesmas categorias.
Outra preocupação de Djau
Baldé tem a ver com a falta de coordenação dos dados dos funcionários no
Ministério da Função Pública com os da Economia e Finanças.
“Não podemos ter um determinado
número de funcionários no Banco de Dados do Ministério da Função Pública e ter
outro no Ministério das Finanças e que recebem mensalmente os ordenados”.
Adiantou que há necessidade de fazer a
colaboração entre os dois ministérios de forma a resolver grande parte dos
problemas da Administração Pública do país.
Afirmou que o maior desafio do
actual Governo é de acabar com as dívidas em atraso para que se possa andar num
quadro normal de pagamento de salário na Função Pública, e para que isso não
continue a ser um problema na administração pública.
“Para qualquer Governo que pretende
trabalhar devidamente, o pagamento de salário não deve ser um indicador de
desempenho porque existem outros indicadores prioritários, casos de escolas e
hospitais para todos, redução da taxa de mortalidade materna entre outros. ANG/MSC/ÂC//SG
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