"A prioridade do governo é
melhorar o acesso e qualidade dos serviços ", diz a ministra Magda
Bissau, 08 ago 19 (ANG) – A ministra da Saúde Pública disse
que a prioridade do governo para o sector é melhorar o acesso e qualidade de
saúde, uma vez que existem pessoas que vivem bastante longe das estruturas de
saúde.
Em entrevista exclusiva
esta quinta-feira à ANG, Magda Robaldo disse que as estruturas de saúde
existentes no interior não conseguem dar toda a assistência necessária às
populações locais, acrescentando que para além das pessoas se submeterem a um
tempo de espera muito longo quando vão ao serviço de saúde, também essas
estruturas não dispõem de meios de diagnóstico, de médicos e enfermeiros
suficientes.
"A prioridade deste governo nesta legislatura é também
trabalhar no sentido de assegurar uma melhor distribuição dos profissionais de
saúde no país, assegurar que as instalações de saúde sejam melhoradas,
renovadas e construídas em todas as zonas. Aquisição de equipamentos de
diagnósticos, e reparação dos que precisam ser reparados", revelou.
Magda Robalo disse que o executivo pretende capacitar
os técnicos para que possam, cada vez mais, prestar serviço de qualidade, para
que haja uma melhor interação com utentes, a fim de reduzir o tempo de espera e
assegurar melhor satisfação nos estabelecimentos sanitários.
O governo, segundo a ministra, tem a intenção de trabalhar
no sentido de não só pagar os salários à tempo, como também pagar subsídios que
deve aos funcionários de saúde para que possam trabalhar com motivação.
"De facto, os técnicos de saúde que trabalham nas
zonas mais remotas devem beneficiar de subsídios de isolamento", disse
Magda Robalo.
Questionada sobre a forma como é atribuída a Junta
Médica aos pacientes que precisam de tratamento no exterior, aquela responsável
reconheceu que a Comissão da Junta Médica, está, neste momento, um pouco
descredibilizada, mas que o ministério está a trabalhar para que a burocracia e
o tempo de espera dos utentes que precisam de tratamento fora sejam reduzidos.
Disse que a Comissão da Junta não tem capacidade para
evacuar para o estrangeiro todos os doentes que necessitam de um diagnóstico
especializado, porque “os lugares disponibilizados no quadro da Junta são
limitados”.
"A Guiné-Bissau é o único país de expressão
portuguesa que tem mais de cinco vezes, o número de evacuados que deveria ter.
Nós tivemos recentemente em Portugal para discutir a revisão do acordo que foi
estabelecido desde os anos 80, portanto é um acordo que precisa de ser revisto,
de ser atualizado e ajustado, devido as necessidades de momento. Mas,
infelizmente, não será possível evacuar todos aqueles que requerem um tratamento
especializado", frisou a ministra. ANG/DMG//SG
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